quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!

Apresentou-se-lhes um anjo do Senhor e a glória do Senhor os envolveu de luz e eles ficaram possuídos de grande temor. Disse-lhes o anjo: "Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria, que é para todo o povo: Nasceu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo Senhor, na cidade de Davi. Este será o sinal: encontrareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura". Imediatamente juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados". Evangelho de São Lucas, 1, 9-14

Essa é minha mensagem de Natal a todos os meus amigos e leitores: Humildade, Amor e Paz!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

MEDIDA LIMINAR



Caros leitores e cidadãos de Cabreúva.


Por força de Medidas Liminares impetradas no Fórum de Cabreúva, constantes dos processos 100.01.2009.003719, 100.01.2009.003720, 100.01.2009.3721, 100.01.2009.3722, 100.01.2009.003723 e 100.01.2009.003724, contra este blog e contra seu autor, Renato Donizetti Violardi, por respeito e determinação da Justiça, retirei, enquanto não puder me defender, a postagem intitulada "A POLÍTICA DO ÓDIO E DA PERSEGUIÇÃO" e todos os seus comentários.


Convido àqueles que queiram saber mais, que consultem o site do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo www.tj.sp.gov.br bastando acessar consultas e processos, da Vara Cível, e colocando a comarca de Cabreúva e meu nome como réu.


Não é possível, pelas mesmas liminares, dizer quem moveu esses processos, mas consultando, saberão, pois não corre em segredo de justiça.


Esse é o preço e o risco da verdade.


Um grande abraço à todos!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

ESPAÇO ABERTO



Do Discurso Competente

Caro Renato

Hoje resolvi comentar de maneira diferente, utilizando o Espaço Livre que generosamente cedeu aos leitores deste Blog, deixando claro que todos nós temos liberdade de expressão e que, esta, é amparada constitucionalmente.

Como citou em sua postagem várias assumidades no campo da Filosofia e Sociologia e mencionou Marilena Chauí, é perante colocações contundentes de tal Filósofa que irei falar.


Marilena Chauí, quando fala do Discurso Competente afirma que a ideologia é uma forma de máscara, o velar da realidade. É de tal maneira um mecanismo necessário dos agentes sociais (políticos) produzirem uma leitura dessa realidade.

Todos nós sabemos, ou deveríamos saber, que a ideologia traz um conjunto de aparências perfeitas, completamente moldadas à nossa existência e que, de certa forma, que seria impossível viver sem elas.
Eis aí, um ponto chave, pois é isto mesmo que querem que pensemos.

Na ideologia as ideias não tem lugar fixo ou preciso e, por isso, o saber é adverso a essa perversa, essa madrasta concepção ideológica, sendo o falso que jamais querem revelado.

O saber desvela essa máscara ardilosa.

Onde quero chegar? Chauí diz que quando o saber perde os laços do lugar e do tempo de suas orígens, aparece um DISCURSO COMPETENTE. Mas o que é isto na visão da autora? É aquele discurso que pode ser proferido, ouvido e aceito como verdadeiro ou autorizado. Um discurso instituído. "Não é qualquer um que pode dizer a qualquer outro qualquer coisa em qualquer lugar e em qualquer circunstância."

Atribui ainda ao discurso competente a burocratização da sociedade, ou seja, a medida em que a sociedade se torna complexa o Estado vai expandindo e engolindo a vida das pessoas com um discurso pronto. Mas não pode esquecer que este discurso tem um duplo sentido - o discurso do burocrata (poder) e o discurso do conhecimento (aqueles que não pertencem ao poder). Nada mais do que um único discurso com duas faces.

Um discurso que deixou de ser legislador, pedagógico e, acima de tudo, ético há tempos e que não se inspira mais em ideais e valores.

O pior, para que estes discursos se profiram é necessário que não haja sujeito algum e, sim, homens reduzidos a meros objetos sociais, aonde não se discuta nada , mas que a aceitação seja ímpar, total e absoluta.

Por fim, citação da própria autora, muito própria para o momento - "É a noção de competência que torna possível a imagem de comunicação e da informação como espaço da opinião política, imagem aparentemente democrática, e na realidade, antidemocrática por excelência pois ao fazer do espaço público de opinião, essa imagem destrói essa possibilidade de elevar o saber à condição de coisa pública, isto é, de direito à sua produção por parte de todos."


Vou mais além, com uma colocação muito particular - Nossos políticos têm noção do Discurso Compentente ou também foram submetidos a eles por uma cúpula política, cheia de vícios e perniciosidades longe do fim?

Estão longe do saber e se enveredam pelas brenhas da total ignorância, aliciando sem escrúpulos ou remorsos os cidadãos que se encontram na escuridão.

Segredam a podridão administrativa fazendo-se valer do seus poderes (mutáveis) escondendo-se atrás das máscaras da perseguição e do ódio, como aqui já o disse outrora.

Maria de Lurdes Silva (Malu)

Por onde ir?

O papel do intelectual, do pensador, é iluminar a sociedade, mostrar o caminho correto para o vulgo, para o povo. Julien Benda diagnosticou um dos males da modernidade, os intelectuais tinham simplesmente recusado este papel. Ao invés de procurar a verdade e mostrá-la, como fez Sócrates, deixaram-se levar pela vaidade e passaram a querer ter razão. O intelectual trocou dúvidas por certezas, o caminho inverso para quem deseja buscar sabedoria e ajudar a sociedade. O ativismo político dos intelectuais é a manifestação deste cruzamento de vaidade com orgulho.
Por que digo isso? Porque não considero o povo o maior responsável pelo que vai de errado no Brasil. A responsabilidade depende do grau de conhecimento de cada um. Certamente quem vota em políticos corruptos, sabendo desta condição, fez uma escolha e responde por ela. No entanto, uma massa de semi-analfabetos, que não acredita que possa existir um político honesto, tem muito pouca condição de escolher o melhor.
A culpa maior está naqueles que deveriam iluminar e apontar as incoerências. O problema do Brasil começa na elite intelectual e sua corrupção. Não falo de dinheiro, falo de outros tipos de corrupção, falo de corrupção ideológica, moral, enfim, da traição relatada por Benda, da estupidez mostrada por Voegelin e Ortega. O homem massa tomou o poder e vai levando toda a sociedade, incluindo ele, para o buraco. O problema do Brasil é Marilena Chauí, Antônio Cândido, Dalmo Dallari, Chico Buarque e tantos outros. Mas o povo nem sabe quem são eles? Não, mas os formadores de opinião sabem e muito bem. 
A cada dia que passa, somam-se os casos de perseguição no nosso país, seja ela política, ideológica, religiosa ou de outra natureza, a pessoas que apenas pensam de modo diferente e divergente, a pessoas que apenas querem expressar o que pensam de uma forma livre, a pessoas que querem dar a sua contribuição para um país mais justo, para um país mais livre, para um país mais desenvolvido, para um país mais esclarecido, para um país mais emancipado, para um país mais feliz. Infelizmente exemplos não faltam. 


No Brasil é difícil ser aceito como uma pessoa crítica e de pensamento divergente. No Brasil, temos todos que nos resignar ao paradigma do respeito e ao politicamente correto, não se podendo brincar com coisas sérias. Neste momento vivemos uma Época de crescente privação da liberdade de expressão! Nos últimos anos temos vindo a assistir ao crescente ganhar terreno de um paradigma social e político que parece assumir como valores máximos, o pensamento único e convergente.

Neste momento, a tolerância dos regimes político e social em que vivemos é muito baixa para com todos aqueles que ousam enfrentar o "status quo" vigente, com o seu pensamento divergente. Temos todos que nos portar como ovelhas seguidas dos pastores que “zelosamente” e “paternalisticamente” nos guardam e nos protegem, os quais contam com uma matilha de cães-de-guarda sedentos por denunciar as “ovelhas desgarradas”, sedentos por colocar essas ovelhas na ordem.
Um país que, por razões surrealistas e de puro nonsense, desperdiça pessoas de grande talento, os quais trabalham arduamente para divulgar a verdade, para lutar por justiça e expressar seu pensamento sobre o sistema vigente, é um país esquizofrénico, é um país que goza com todos os contribuintes, é um país que não dá o devido valor aos seus homens e mulheres de excelência.

Em Cabreúva, não é nada diferente do restante do país.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

ESPAÇO ABERTO

Deus está sempre entre nós. E o povo, será que sabe dessa grande verdade?
Faço um apelo para todas as autoridades eclesiásticas, de todas as denominações religiosas e demais autoridades e formadores de opinião: conscientizem a população da necessidade do comparecimento nas sessões da Câmara Municipal.
Conscientizem sobre a necessidade da busca da informação concreta, correta, para que fiquem sabendo na íntegra, da responsabilidade, do caráter, do compromisso da cada político de nossa cidade.
Ou será que vamos viver a todo tempo vendo um enfermo a se definhar no leito da injustiça, sem um serviço mínimo de saúde?
Que ao invés de ser socorrido por um médico para prestar a devida assistência, será atendido por políticos oportunistas.
Os políticos oportunistas que se aproveitam da desgraça alheia, como urubus sobre a carniça (o politiqueiro) e, depois sobrevoa lá nas alturas esperando sua digestão por um período de quatro anos, voltando a procurar o povo (como o povo fosse sua carniça), que de forma passiva o recebe bem e sem saber que novamente (o politiqueiro) buscará seu interesse próprio, para novas revoadas de mais períodos...
Nossas crianças sem a devida educação. Nossos adolescentes encontrando refúgio nas drogas. Enfim, o Crime e os Criminosos Organizados, tragando, vilipendiando a nós, seres humanos que tanto sonhamos com a dignidade humana.
Tenho a esperança e o sonho de que, um dia, quem sabe bem próximo, o povo escolha seus líderes verdadeiros e, de forma mais consciente.
Por hora, com o povo ou sem o povo presente na Câmara Municipal (é claro que, com o povo, a verdade chega mais rápido e nos libertará do mal) e, com ajuda de Deus e pessoas do bem e amigas, vou seguindo meu destino e procurando o que precisa ser feito em favor de cada cidadão ou cidadã de Cabreúva.
Devo ao povo cabreuvano. Tenho por esse povo, por essa população, carinho e respeito.
Minha função de vereador será cumprida, como deve ser cumprida a função de um vereador.
O registro deixado neste espaço não é simplesmente de um vereador, de um político cabreuvano que simplesmente passou por aqui. É o registro e a opinião um homem de bem, que tem vergonha na cara, que jamais o povo verá seu rosto estampado na televisão como um corrupto!
Obrigado pelo espaço para deixar o meu registro e manifesto.
Obrigado à população que acompanha os interesses coletivos!
Mas fica a pergunta: por onde andam as pessoas que escolhemos como lideres para dar a direção a estes interesses?
Um Grande Abraço.
Vereador Oliveira

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

ESPAÇO ABERTO

Sobre a última sessão da Câmara
Em sua última sessão, a Câmara Municipal aprovou o projeto que institui feriado municipal o dia da padroeira da cidade. Não entro no mérito da questão. Sobre ela, apenas diria que, se vivemos em um Estado laico, ou não deveria haver feriados religiosos (Natal e Páscoa, inclusive) ou outras tradições religiosas deveriam ter o direito de tê-los também (o Estado é laico mas reconhece o direito à religião – qualquer que seja, contudo). O que chamou a atenção, no entanto, foi a mensagem que a população cabreuvana, ao menos a que mora no centro, transmitiu, sub-repticiamente (ou seja, de forma não-intencional, ou não-explícita): quando alguma questão é de seu interesse, ela comparece à sessão da Câmara. O que é motivo de lamento, e eis o que originou essas mal-traçadas, é que a população considere de seu interesse apenas a votação de um feriado religioso!

Tenho profundo respeito por todas as tradições religiosas, cristãs ou não. Portanto, não coloco em discussão a fé de quem quer que seja (não nesse espaço, pelo menos). Mas chamo a atenção para o aspecto revelado nesse comparecimento maciço da população à Sessão da última quarta-feira: parece que os demais projetos, que tratam de educação, casas populares, atendimento médico e, sobretudo, fiscalização dos atos do Poder Executivo, não são igualmente importantes!

O que mais se vê é o povo reclamando da qualidade dos seus políticos. Há momentos, contudo, em que parece fazer sentido o ditado, que eu, sinceramente, gostaria de acreditar que não fosse verdadeiro: cada povo tem o político que merece... Ora, cabreuvanos, se vocês comparecem à sessão apenas quando há algo de seu interesse, mas vocês consideram de seu interesse apenas a votação de um feriado religioso, em que momento poderemos acreditar em um acompanhamento realmente significativo da atuação dos políticos? Como podemos escolher melhores candidatos se nos lembramos deles apenas a cada quatro anos, e sequer sabemos como votam e quais suas argumentações para se posicionarem de tal ou qual modo? Imaginemos, ainda, se ao menos metade dos presentes à sessão participassem de algum movimento de fiscalização e discussão política, já existente em nossa cidade? A diferença seria grande...

É muito cômodo comparecer em apenas uma reunião, sabe-se se lá se uma ou duas vezes por ano, reclamar, vaiar, ofender (postura, aliás, lamentável de alguns), mas deixar que em todo o restante do tempo os vereadores trabalhem sem qualquer acompanhamento por parte da população. A mudança na política começa pela mudança nos eleitores. Não pensem que ela virá de cima.

Leandro Thomaz de Almeida
Coordenador Voto Consciente-Cabreúva

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Apelo à população

Caros leitores e cidadãos de Cabreúva.
A Casa de Leis de nossa cidade, recebe neste dia 28 de outubro, um Projeto de Lei do Vereador Marcelo Defendi (PSB).
Esse projeto, obriga a presença, 24 horas, todos os dias, de médicos pediatras no Pronto Atendimento Médico do Bairro do Jacaré e na Santa Casa de Misericórdia, no centro do município.
Ótimo projeto, que merece a atenção e aprovação por todos os vereadores do município.
O único senão, é que a base de apoio da prefeitura decidiu rejeitar o projeto.
Vergonha! Irresponsabilidade!
Os cidadãos de bem, que são muitos, estão conclamados a não permitir esse absurdo, essa impositura ditatorial de barrar os projetos da oposição, não se importando com aqueles que necessitam de um atendimento de emergencia e de qualidade, que nunca chegou à nossa cidade.
Peço que a população que precisa ou um dia precisou de atendimento médico para seu filho, que compareça na Câmara Municipal, para que juntos possamos exigir a aprovação desta Lei.
A sessão começa às 19 horas.
Vamos comparecer!!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O começo da mudança: Acreditar!

Artigo
"Há muitos direitos humanos determinados por lei. Temos muito orgulho de nossa luta para garantir esses direitos: direito a alimentação, a abrigo, direito a trabalho, a saúde e assim por diante.
Eu também acho que direito a crédito também é muito importante.
Se temos direito a alimentação, a abrigo, a saúde, a trabalho, quem vai fornecer tudo isso? Vou esperar o governo trazer comida para mim toda manhã, para que eu possa comer? O governo vai me trazer saúde todos os dias, para que eu fique saudável?
Nenhum governo do mundo consegue fazer isso.
A responsabilidade do governo e da sociedade é me tornar capaz de ir atrás da minha comida, de cuidar da minha saúde, de construir a minha casa, e assim por diante.
Para fazer isso, precisamos de uma instituição, de um serviço importante, que é o serviço financeiro.
Posso pegar o dinheiro e transformar em oportunidade de renda, e essa renda vai solucionar as questões de comida, abrigo, saúde, o que seja. Então, se tenho um serviço de crédito à disposição, pego um empréstimo para criar meu próprio emprego, meu próprio negócio. Se eu não consigo achar um emprego, e fico ali, reclamando e esperando alguém me alimentar, não dá certo.
Posso criar meu próprio emprego, sou uma pessoa capaz, cheia de energia criativa. Mas preciso de um pequeno capital de investimento: US$ 30, US$ 100, US$ 200. É só isso que preciso para mudar minha vida.
Ao mesmo tempo em que construímos uma economia na qual tudo é feito com dinheiro, nós negamos a uma grande parte da população mundial, acesso a esse dinheiro.
Construímos uma muralha para que elas não entrem nesse mundo.
Se dinheiro atrai dinheiro, se é preciso um dólar para ter outro dólar, quem não tem o dólar inicial está acabado e não chega a lugar algum.
Não importa o lugar onde você nasce. É a forma como você cresce que faz toda diferença. Qualquer ser humano, nasça ele na rua ou dentro de um palácio, no que diz respeito a qualidades, não há diferença.
Talvez seja a hora dos bancos convencionais pararem e refletirem. Digam a todos: 'Se o banco diz que é impossível, não acreditem...' porque é possível.
Vemos resultados todos os dias.
Por que não podemos emprestar dinheiro para qualquer pessoa?
Os bancos responderam: 'Não, isso é impossível'. Nós dissemos: 'Podemos tentar, ao menos'. E tentamos. E deu certo.
Eu não sabia nada sobre bancos. Essa  foi minha maior vantagem: não saber nada sobre bancos. Como eu não sabia nada sobre bancos, eu podia fazer o que quisesse. Por isso, o banco que nós criamos era praticamente o oposto dos bancos convencionais.
Os bancos convencionais vão para um lado, o Banco Grameen vai para outro. Os convencionais atendem os ricos, o Grameen atende os pobres.  Os convencionais pedem garantias, o Grameen fala: 'Não precisamos de garantia'. Os bancos convencionais usam advogados para prender o cliente, o Grameen não precisa de advogados. Os bancos convencionais mandam você ir à agência para fazer negócio. Nós dizemos que o banco deve ir até o cliente para fazer negócio.
É preciso observar que o Banco do Povo, outros bancos e outras organizações de microfinanciamento estão fazendo. Sem precisar de garantias, sem advogados.
Eles emprestam dinheiro, e a taxa de retorno chega aos 98%, 99%.
O dinheiro da caridade tem vida curta. Você usa, e pronto. Mas se você investir esse dinheiro numa empresa social, não tem fim, o dinheiro se recicla, e você consegue fazer ainda mais.
Pode resolver o problema da falta de água potável, de construção de casas para os pobres, de geração de renda para os pobres.
É um negócio, não é caridade.
Todo ser humano chega repleto de engenhosidade, de criatividade, de empreendedorismo. Quando o ser humano nasce, já chega com todo esse potencial ilimitado. Então, a partir de agora, devemos trabalhar para criar um ambiente próspero, para que toda criança tenha a possibilidade de liberar essa capacidade que tem.
O 10º aniversário é sempre um momento importante. Vocês já percorreram um longo caminho. Vocês tem um histórico. É isso que nós fazemos. E fazem isso há mais de 10 anos.
Nesses 10 anos, alcançaram a um patamar no qual tudo é possível. Espero que seja um marco na História. Que foi neste ano que o microcrédito no Brasil decolou e atingiu muita gente que nunca teve acesso a esse serviço.
Hoje, nos alegra muito vê-los comemorando o seu 10º aniversário.
Sei que seu futuro será ainda mais brilhante, e que vocês inspirarão o Brasil inteiro. E mais: inspirarão muita gente no mundo inteiro a seguir seus passos.
Obrigado!

Muhammad Yunus, o banqueiro dos pobres, fundador do Grameen Bank de Bangladesh, o maior banco de microcrédito do planeta e ganhador do Premio Nobel da Paz em 2006, proferiu a palestra descrita no texto acima, na comemoração dos 10 anos do Banco do Povo Paulista, realizado em Sâo Paulo, no dia 25 de agosto de 2008

terça-feira, 20 de outubro de 2009

As empresas e a política

Artigo
O cidadão deve ser consciente de sua importância no processo empresarial e na definição dos rumos do País.


Já faz alguns anos que participo de entidades empresariais , como membro, conselheiro ou apenas palpiteiro. São três décadas de militância, com um discurso que  agora começa a encontrar eco, embora muitas vezes eu tenha chegado a  desanimar pela falta de interesse por parte  das grandes corporações empresariais em ouvir, assimilar e praticar.
Ou tudo isso ao mesmo tempo.
Refiro-me à tese que defendo de que as empresas não podem, em suas formulações estratégicas e na formação e qualificação de seu pessoal, deixar de  fora as considerações sobre  o ambiente em que atuam  no País, ou seja, o que se refere à questão política.
Cansei de ver cara de espanto em altos executivos  e em empresários , quando em palestras (e já são mais de mil nesse período) , eu dizia que a empresa, além de qualificar técnica e administrativamente seus colaboradores, deveria lhes dar também qualificação política. A importância de todos os níveis hierárquicos de uma empresa conhecerem a vida institucional e  política do País,  é tão fundamental  quanto  sua capacidade competitiva.
A saída mais fácil  foi sempre algo assim: nossa empresa não se mete em política.  Expus à exaustão,  para esse público, que por mais eficiente que uma empresa seja em seu negócio, em operar seu "business core", ela tem de conhecer e participar do ambiente externo que influencia  seus negócios. Muitas vezes, um negócio fracassa, ou deixa de ser competitivo e as razões são procuradas internamente, quando estão no ambiente externo, como decisões  de política econômica, reflexos de crises nacionais e internacionais, leis que afetam o setor e outras.
Quando abordo o assunto, deixo claro que não se trata de inserir a empresa e seus colaboradores num partido político, engajá-los numa campanha ou algo assim. Essa decisão é individual,  no exercício de sua cidadania. À corporação cabe , porém, preparar seus funcionários, gerentes, diretores, operários, para serem cidadãos conscientes do mundo em que empresa vive, das influências que decisões individuais (somadas)  podem determinar à vida da organização e à  de cada um que nela trabalha.
Com medo de mostrar opinião ou posição política e sofrer represálias ou perder  contatos privilegiados, as empresas acabam deixando ao vento a formação política de seus quadros e  estes, com a influência que recebem externamente, sem ter consciência plena do papel da empresa na vida brasileira  e dele dentro da empresa, num país de regime de livre  mercado ,acabam não tendo ideologia que signifique a sobrevivência de sua carreira, de seu emprego, de sua empresa.
Felizmente, começo a ver,  aqui e ali,   mudança comportamental de grande importância para a melhor adequação da empresa privada no contexto político do poder e da sociedade brasileira. Os tabus devem começar a cair e   as empresas entenderem que se em seus objetivos e planos estratégicos, não considerarem as variáveis externas da vida política, econômica e social do país, sempre serão margem de manobra de políticos carreiristas.
 Não basta contratar consultores para  palestras ou lobistas para andar por Brasília e adjacências dos poderes públicos. É preciso criar em cada cidadão a consciência de quem ele é, onde está,  sua importância no processo empresarial e na definição dos rumos do País, por meio do voto. É preciso mostrar  como funciona o acesso ao poder,  via partidos políticos.  As decisões, depois, caberão a cada um.
Vejo entidades de peso sistematizando as influências internas e externas nas avaliações de participação empresarial no mercado e na vida do Brasil. Está mais do que na hora de o elefante saber  sua força, influenciar nas decisões do circo, deixar de lado as vaidades pessoais, a competição por luzes entre lideranças, e a livre iniciativa brasileira passar a entender que ela é  definida na Constituição como base de nossa atuação econômica. E a liberdade de empreender, pensamento e investimento, são a base.
Não podem e não devem submeter-se ao Estado, e sim, devem e podem formar as lideranças que amanhã estarão em cargos importantes, definindo a direção a tomar,  e não se deixando sugar por políticos mal formados que sugam a energia produtiva das empresas, dos trabalhadores, em benefício de causas pessoais.
Vindo de uma reunião empresarial, onde este tema começou a ser aprofundado, posso dizer que senti  meu entusiasmo recuperado, a esperança de que a inteligência volte a ter vez,  para se contrapor à manipulação emocional e à exploração da pobreza e da ignorância.

Paulo Saab é jornalista e escritor
Publicado no jornal Diário do Comércio



sábado, 17 de outubro de 2009

O valor do futuro

"O dilema entre presente e futuro.
Como será o amanhã? O que é melhor: desfrutar o momento ou cuidar do futuro? De um lado, estão os nossos sonhos e valores. De outro, as nossas possibilidades e limites.
A vida nos obriga todos os dias a tomar decisões, e assim, adquirir nossos valores próprios.
Valores morais, éticos, profissionais, fazem do ser humano único e responsável por seu futuro.
Os mecanismos de troca no tempo são também de dois tipos: ou o benefício é antecipado no tempo e os custos chegam depois, ou os custos vêm antes dos benefícios.
A questão é saber o que desejamos e como dar consistência no tempo aos nossos desejos.
De um lado está a lógica: o que queremos precisa respeitar as regras do que é possível.
Mas do outro lado está o sonho. Porque o futuro também obedece à ousadia do nosso querer. Os apelos do presente e os apelos do futuro estão na nossa mente, e a todo o momento medindo forças. Ponderar, calcular, comparar e eleger um amanhã é para os humanos.
Todos nós temos um passado e todos temos um futuro a zelar.
O homem é refém do tempo.
E é justamente essa percepção do tempo que torna certas escolhas tão difíceis."
(Abertura do 19º Congresso da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil e 10º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo)

Aviso aos leitores

Até agora, nenhum político de Cabreúva se manifestou no "Espaço Aberto".
Isso nos faz crer que, ou realmente não se importam com a população e não precisam dar aos leitores qualquer opinião à respeito da cidade, ou nossos políticos não tem projetos e idéias a ser apresentadas, que não seja em ano eleitoral.
Continuamos esperando...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Espaço aberto

Quero deixar um convite a todos os visitantes deste blog. A partir de agora, todos aqueles que queiram, podem utilizar o ESPAÇO ABERTO: uma coluna que publicarei com as idéias das pessoas que foram aqui citadas e quem mais queira a utilizar, para expor seus pensamentos e propostas voltadas à Cabreúva.
Para isso, basta mandar um e-mail com seu texto para rviolardi@hotmail.com
Convido todos os vereadores (Arnaldo, Mirandinha, José Gomes, Jorginho, Lurdes Santi, Henrique, Defendi, Samuel Oliveira e Célia Donato), o prefeito Cláudio Giannini, o chefe de gabinete Marcos Korola, os secretários municipais, as lideranças políticas, além de todos que se interessem por nosso município, a utilizar o Espaço Aberto.
Se vão aceitar ou não, os leitores saberão.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Blog sem comentários, não é blog.

Quando coloco uma postagem neste blog, espero a reação dos leitores.
Desde que foi criado, em janeiro deste ano de 2009, tivemos 64 comentários.
O respeito à opinião deve ser livre, desde que, quem queira fazer uso dos comentários, assine o que escreve. Isso é um princípio constitucional.
Cabreúva em foco aborda os bastidores do meio político de nossa cidade, além, é claro, de trazer artigos de colunistas que tratam do dia a dia da política nacional.
Uma linguagem séria, sem subterfúgios, que não agrada a todos, mas com a devida imparcialidade dos fatos.
Deixo, democraticamente, esse espaço aberto a quem quiser fazer uso. Não um direito de resposta, pois não é intenção deste blog ofender a quem quer que seja, mas uma forma de contrapor as idéias apresentadas por esse blogueiro.
Com essa seriedade, conquistamos o respeito das pessoas, que tem procurado aqui, a verdade que não é dita nas ruas, mas que se faz necessária nesses tempos de tantas mentiras.
Credibilidade, respeito à opinião e seriedade. Essa é a fórmula do nosso sucesso!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Infeliz cidade


Enquanto o Brasil colhe os dividendos de uma bem sucedida política econômica, que coloca o país numa posição de destaque no âmbito internacional, nossa cidade de Cabreúva sofre pela falta de planejamento e ingerência administrativa.
Cláudio Giannini cansou-se de ser prefeito e parece não encontrar em sua equipe de governo, ninguém que tenha competência suficiente para ajudá-lo na condução do futuro de Cabreúva. Parece aos olhos de todos, que eximiu-se de suas responsabilidades, entregando ao seu chefe de gabinete, Marcos Korola, as chaves da prefeitura, declarando-o seu sucessor, mesmo não tendo havido eleições que aprovem seu nome.
E diante da total incapacidade do novo alcaide nomeado, nossa Cabreúva parece ter tomado essa posição estática dos dias atuais.
Será que vamos ficar parados no tempo e espaço, deixando cidades com menos belezas naturais, menos empresas instaladas, menos população empreendedora, tomar o lugar de destaque que merecemos no cenário paulista e nacional?
Enquanto os representantes eleitos para exercer as funções de fiscalizadores dos gastos públicos, ficam se engalfinhando para saber quais deputados irão apoiar nas eleições do próximo ano, nossa cidade vai ficando para trás.
Até quando nossos políticos, eleitos ou nomeados, populares ou populistas, ficarão brincando com as reais necessidades da população?
Que esta postagem sirva a quem quiser se sentir atingido em seus brios, mesmo porque dificilmente algum político tem brios. Temos covardes que se escondem por trás de seus cargos, fazendo ameaças veladas e, muitas vezes, prejudicando pessoas que muito tem a dar por nosso município.
Políticos que se dizem defensores da população, mas que somente defendem seus próprios interesses, esses têm muitos. Defender a população? Somente de quatro em quatro anos.
Nosso povo, nossa população já se cansou.
Quando realmente a cidade terá um crescimento sustentável, uma distribuição justa da riqueza gerada pelo empreendedorismo de nossa gente? Quando poderemos sentir orgulho de nosso meio político, feito de pessoas que são comprometidas com Cabreúva e com a verdade?
Talvez demore, talvez não. Enquanto isso, o riso fácil de nossa gente, a amizade sincera do nosso povo, vai superando pouco a pouco esses breves momentos de nossa, hoje, infeliz cidade.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Movimentos pré-eleitorais ou pré-eleitoreiros?

Artigo
"De boas intenções, o ano pré-eleitoral está cheio. O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, deu uma nova interpretação à Constituição e com isso as propostas de emenda à constituição (PECs), os projetos de lei complementar, as resoluções e os decretos legislativos podem ser votados em sessões extraordinárias mesmo que a pauta das sessões ordinárias esteja trancada por medidas provisórias (MPs). Antes a MP era um empecilho à votação de outros projetos e agora o caminho está livre com essa porta aberta ao livre trânsito de proposições. 
Após essa abertura temos visto aprovações em série de projetos que estão beneficiando diversos grupos de interesse, de forte mobilização, exercendo pressões a fim de verem suas causas abraçadas. São propostas que, se ainda não foram aprovadas em Plenário, estão caminhando bem nas comissões e conquistando a cada dia mais espaço. Os exemplos são muitos como as propostas de redução de jornada de trabalho, a PEC dos cartórios, equiparações salariais de profissionais de diversas categorias e tantos outros projetos. 
A PEC 471/05 dos serviços notariais, por exemplo, eleva à condição de titulares os atuais substitutos ou responsáveis por cartórios de notas ou de registros. Terão direito à efetivação os substitutos que estejam à frente do cartório há pelo menos cinco anos ininterruptos ou que tenham assumido os cargos antes de 20 de novembro de 1994. A Constituição de 1988 exige que as vagas de tabelião e oficial de registro sejam preenchidas por concurso em caso de vacância. Porém, os Tribunais de Justiça muitas vezes não fizeram os concursos nos prazos estipulados e por causa disso muitos cartórios estão há anos sem titular. 
Os presidentes de tribunais que não abrirem concurso em seis meses cometerão improbidade administrativa. Assim, o projeto fica a bom termo tanto para substitutos que estão há anos na função quanto aos pleiteantes por vagas por meio de concurso. Só para registrar, o Estado de São Paulo e o Distrito Federal já se adequaram anteriormente a estas condições e a PEC, nesses dois territórios, terá um impacto muito pequeno. 
O último episódio mais marcante foi a PEC dos vereadores que, atendendo a uma reivindicação de milhares de suplentes, foi aprovada, aumentando o número de representantes nas Câmaras Municipais. Os legislativos municipais ganharam mais sete mil vereadores. A vantagem desse projeto é que determina a redução de repasses de recursos para os legislativos municipais. Se for colocada em prática, a iniciativa é uma boa notícia para cortar um pouco de gasto público. 
É de inteira responsabilidade da Presidência da Câmara dos Deputados pautar os projetos que posteriormente são encaminhados às votações. Acreditamos que trazer às sessões assuntos tão sensíveis e polêmicos nesse ambiente pré-eleitoral não é oportuno. Não deveriam ser colocados em discussão nesse momento em que o poder de pressão é forte. Esperamos que os objetivos destas votações atendam aos interesses da sociedade e não à aspirações que possam estar extrapolando os limites da Presidência da Casa. Não é justo nem democrático que setores do Congresso se transformem em um balcão exposto a todo tipo de pressão e benevolência para contribuir com objetivos obscuros.
Sem troca de favores a democracia não tem nada a perder. Nem a temer. "
Guilherme Campos
Deputado federal (DEM-SP)
e-mail: dep.guilhermecampos@camara.gov.br


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Opinião dos Líderes

O Brasil para os nossos filhos e netos.
"Sempre me questiono se deixarei para meus filhos e netos um País melhor do que aquele que recebi de meus pais. Receio que, em alguns aspectos, isso não vá ocorrer. É verdade que registramos melhorias nas condições de vida da população brasileira nos últimos anos, mas também vemos a degradação de instituições importantes, como a política, em função dos diversos casos de corrupção que vivenciamos, ou a educação, com uma qualidade de ensino insuficiente para os desafios que temos de enfrentar em um mundo globalizado.
Isso ocorre porque não temos cumprido os deveres que cabem a cada um de nós como cidadãos. Todos nós temos três tipos de responsabilidade. A primeira é a profissional, pela qual temos de exercer nosso trabalho com qualidade e seriedade. A segunda é a responsabilidade de atuar solidariamente em nossa comunidade, procurando desenvolver atividades que ajudem a atender suas necessidades, de forma voluntária.
A última e mais importante é a nossa responsabilidade institucional com o País, ou seja, é a nossa contribuição para que a construção de um Brasil melhor, conceito que abrange, inclusive, nossas atividades do dia a dia. A soma das condutas de todos nós determina o futuro do País.
Portanto, a ação de cada um é essencial para que possamos resolver o atraso institucional que ainda persiste no Brasil. Muitos líderes não têm cumprido suas responsabilidades institucionais, embora devessem estar à frente do processo. Predomina o interesse individual e somente uma pequena parcela deles consegue olhar o País como um todo e ter a real visão sobre o que precisa ser feito.
Para que isso mude é preciso um entendimento entre as principais lideranças políticas, acadêmicas, empresariais, sindicais e sociais. Esses grupos precisam realmente debater e definir uma visão estratégica para o Brasil. Os governantes, por exemplo, precisam alterar sua visão patrimonialista, por meio da qual a sociedade trabalha para servir o Poder Público.
Os congressistas, por sua vez, devem olhar menos para interesses individuais e corporativos e mais para os problemas na Nação. O empresariado, que normalmente tem uma postura individualista, precisa buscar uma maior integração com o setor público, de forma que o crescimento econômico alcance as taxas necessárias para a inclusão de mais pessoas no mercado de trabalho.
Além disso, universidades e setor privado precisam encontrar soluções para que as inovações científicas sejam mais bem aproveitadas em benefício de todos. A ciência deve ser orientada para a promoção do desenvolvimento econômico e social, e não apenas como um fim em si mesmo.
Já as lideranças sindicais precisam ampliar o debate sobre pontos cruciais do mercado de trabalho, como os elevados níveis de informalidade vigentes no País e não incluir novos entraves ao processo, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
Se cada indivíduo orientar seu comportamento tendo em mente suas responsabilidades com o País, tanto nas grandes decisões quanto nas pequenas atividades, poderemos ter uma mudança real no Brasil, gerando mais renda e empregos. Essa é uma tarefa de todos. É preciso, portanto, que cada um pergunte a si mesmo qual é o País que quer deixar para o futuro e o que está fazendo para obtê-lo. Se trabalharmos juntos, cumprindo nossas responsabilidades, podemos alcançar esse objetivo."
Jorge Gerdau Johannpeter Empresário, Presidente do Conselho de Administração da Gerdau
Artigo originalmente publicado no jornal Zero Hora

terça-feira, 22 de setembro de 2009

"Faltam quadros"

A sucessão de Lula por ele mesmo
Da colunista Mônica Bergamo (Folha de São Paulo):
A coluna pergunta a Lula se ele sabe que o Ibope divulgaria em dois dias pesquisa em que Ciro Gomes (PSB-CE) aparece à frente de Dilma Rousseff (PT-RS). "Eu não sei", diz o presidente. "Eu nem sei se o Ciro e a Dilma são candidatos."
O presidente afirma que "eleição é que nem Campeonato Brasileiro. Não adianta, sabe, ficar dizendo: "Ah! O Corinthians vai ser campeão! O Palmeiras vai ser campeão!". Ninguém sabe [antes de o campeonato terminar]. Tem que ver qual time vai entrar em campo, quem são os jogadores, qual é o banco de reservas. Não adianta ser um grande candidato e ter só 30 segundos de TV, sabe? Vai lá pra baixo [nas pesquisas], não ganha a eleição. A não ser que aconteça como em 1989, quando a TV Globo apoiou o [Fernando] Collor. Aí, ganha".
"Mas, se ganha, não governa", continuou Lula. "Outro dia, eu viajei com o Collor pra Alagoas. E eu perguntei pra ele: "Mas, Collor, como você foi nomear um cara como o João "Bafo de Onça" para o seu ministério [referindo-se a João Santana, nomeado por Collor secretário de Administração], um cara, sabe, que não ganhava nem eleição para diretório do PT?" E o Collor me disse: "Eu não tinha quadros". É isso. Sem quadros, você não governa."
Qual a ligação disso com Cabreúva?
Muito simples: num futuro bastante próximo, com as eleições de 2.012, devemos estar perguntando quem comporá o quadro de secretários e diretores da administração municipal. Hoje, os cidadãos só tem a lamentar a total falta de competência daqueles que deveriam ajudar o prefeito a administrar nossa cidade. E os funcionários públicos, jogados à própria sorte, sem qualquer perspectiva de um plano de carreira adequado.
Será que teremos quadro, em 2.012?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Será que está na hora de sair de cena?

Texto do blog Infinito Particular, copiado com autorização. Este texto, de autoria do antropólogo Luis Almeida Marins Filho, reflete muito bem minha necessidade, diante do quadro político que encontramos hoje, em nossa Cabreúva.
Divaguem... reflitam... meditem... ou, apenas, passem os olhos por ele.

" Uma das coisas que aprendi com pessoas de extrema sabedoria é saber sair de cena, deixar o palco, sair da roda, mudar de assunto.
Saber o momento exato com que os holofotes fiquem sobre os outros e não sobre você.
No mundo competitivo em que vivemos a sua presença "marcante" pode marcar demais.
A sua idéia "brilhante" pode brilhar demais.
A forma "inovadora" de pensar pode inovar demais.
E nem sempre as pessoas estão dispostas a deixar você brilhar impunimente`.
É hora de sair de cena.
Nem que seja por um tempo.
É preciso fazer os outros pensarem que você desistiu.
É preciso dar a chance das pessoas acharem que você não quer mais estar no palco.
Mas saber sair de cena é uma arte tão importante quanto saber entrar em cena.
Todo ator sabe disso.
Assim, é preciso sair de cena com classe.
É preciso sair de cena com a discrição de um lorde inglês.
Quando as pessoas sentem-se ameaçadas por você e começam a ter respostas agressivas desproporcionais, talvez seja a hora de sair de cena.
Quando você, sem ter desejado ou planejado, começa a aparecer muito na sua área de atuação, ou no seu setor de trabalho, talvez seja a hora de sair de cena por um tempo.
Saber sair de cena é também saber mudar de assunto.
Quando as pessoas vem lhe perguntar, comentar sobre o seu sucesso, sobre seus bens materiais, seu possível enriquecimento, etc, fazendo você falar sobre você - é hora de sair de cena.
Os sábios sabem que você nada ganhará falando de você mesmo para os outros.
Nem bem, nem mal.
Mude de assunto.
Saia de cena.
Não caia nessa armadilha.
Quando o embate se dá com poderosos e você conhece o poder destrutivo desses poderosos, pense bem, antes de entrar nesse combate.
Talvez você ganhe mais saindo de cena.
Deixe a briga de cachorros grandes para grandes cães.
Saiba sair de cena.
Você terá outras oportunidades.
Você ganhará outras batalhas com menos stresse, com menos esforços.
É preciso fazer um grande esforço de sabedoria para saber sair de cena.
É preciso ter uma grande capacidade artística para saber como sair de cena.
Será que temos toda a sabedoria e a arte de saber sair de cena, deixar o palco, mudar de assunto, na hora certa? No momento exato?
Pense nisso!
Sem stresse.
A hora de falar vem sempre depois da hora de ouvir."

sábado, 5 de setembro de 2009

A internet sob censura

Esta postagem foi sugestão do ex-Secretário de Coordenação das Sub-Prefeituras da Cidade de São Paulo, Andrea Mattarazzo, e extraída do jornal O Estado de São Paulo, edição de 04/09/2009, que discorre sobre a fútil pretensão de cercear na rede a propaganda político eleitoral.

"A liberdade intimida os políticos - a liberdade dos outros, bem entendido. Só assim se explica a tentativa dos congressistas brasileiros de cercear a livre expressão ali onde ela é inigualável - a internet. Primeiro na Câmara, agora no Senado, os parlamentares insistiram no absurdo de equiparar, nas regras para as eleições de 2010, sites, blogs e demais formas de comunicação online a emissoras de rádio e TV. A estas, concessões públicas, se aplicam diversas restrições no modo como cobrem uma campanha eleitoral ou promovem debates entre candidatos. Em nome da igualdade de oportunidades eleitorais, as limitações às vezes resvalam para o exagero. Mas não se pode negar que a interferência do poder público é legítima. Já a internet é uma rede cujos fios surgem, multiplicam-se e se entrelaçam sem depender de autorização, licença ou concessão oficial - é a iniciativa particular em estado puro.
Ou, nas palavras do ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no acórdão da decisão do STF que considerou inconstitucional a Lei de Imprensa: 'Silenciando a Constituição quanto ao regime jurídico da internet, não há como se lhe recusar a qualificação de território virtual livremente veiculador de ideias, debate, notícia e tudo o mais que que se contenha no conceito essencial da plenitude de informação jornalística no nosso país.' Essa clamorosa realidade foi ignorada pelos relatores do projeto que regula a campanha de 2010, Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Marco Maciel (DEM-PE), nas comissões de Constituição e Justiça e Ciência e Tecnologia, que se reuniram na quarta-feira (02/09/2009) em sessão conjunta e cujos integrantes aprovaram os respectivos pareceres.
Depois a ficha caiu. A votação em plenário, que devia ocorrer em seguida, foi adiada para a próxima semana, por iniciativa do líder tucano Arthur Virgílio, a fim de dar tempo para a apresentação de uma emenda destinada a libertar a internet das restrições válidas para o rádio e a TV...
...A questão de fundo, logo se vê, é a futilidade de submeter a rede a controles atentatórios à liberdade de expressão, como esses de que os políticos querem cercá-la, quanto mais não seja porque a punição aos transgressores é praticamente impossível. Mesmo a retirada do ar de um site, por decisão judicial, não faz desaparecer do sistema os conteúdos considerados ofensivos - que a essa altura já terão se propagado com a rapidez de um vírus. Se assim não fosse, seria simples eliminar da rede o que ela tem de nefasto - a pedofilia, o racismo, a instigação à violência.

Os políticos podem ter um conhecimento rudimentar da realidade virtual, mas são doutores em matéria de proteger os seus interesses. As comissões do Senado pelas quais tramitou a reforma eleitoral mantiveram o dispositivo aprovado na Câmara que autoriza os partidos a receber doações a serem repassadas aos candidatos indicados pelos doadores que permanecerão no anonimato. Isso permite aos partidos e candidatos driblar a exigência de prestar contas de suas campanhas
. Para o presidente do Colégio de Tribunais Regionais Eleitorais, desembargador Alberto Motta Moraes, os partidos encontraram uma forma de 'oficializar as irregularidades'. O senador Eduardo Suplicy bem que tentou emplacar uma emenda banindo as chamadas doações ocultas, mas fracassou. Afinal, como diz a também petista Ideli Salvatti, o arranjo 'evita um constrangimento para as empresas'.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Com quem anda nossa oposição?

Diante da fragilidade calculada da oposição ao Governo Cláudio Giannini, tendo em vista as votações na Câmara Municipal, fica aqui uma pergunta: com quem anda nossa oposição?
Impossível não pensar num grande acordo político tendo como personagens nossos vereadores e, o que é pior: nossos prováveis futuros vereadores - sabendo-se que estão prestes a assumir, ainda neste mandato, já demonstram um grande apetite a acordos, de todos os tipos.
As votações tem dois personagens centrais: a política e a legalidade. Somente o vereador Oliveira tem optado pela legalidade, deixando de lado seus prováveis votos, em 2.012, mas pensando unicamente num caminho viável para a Cabreúva do futuro.
Isso pode, num primeiro momento, parecer um suicídio eleitoral, sabendo-se que o vereador Oliveira não apoiará, até o presente momento, nenhum candidado à deputado estadual ou federal. nas próximas eleições. Diante disso, seus colegas de oposição não querem, pelo menos agora, ter uma ligação direta com esse vereador. Mas esse quadro mudará em breve, quando o caminho escolhido, o da legalidade, começar a lhe render dividendos políticos, num caminho sem volta.
Foi assim na última sessão da Câmara, quando polemizou quanto a não entrega aos vereadores, do parecer jurídico da Câmara Municipal, ao projeto de lei da prefeitura.
Segundo sua análise, de seu corpo jurídico próprio e o parecer de alguns juristas que foram consultados, o projeto da prefeitura apresentava muitas irregularidades, inclusive constitucionais.
Foi duramente repreendido pelos seus colegas vereadores, quando expôs seus motivos para o único voto contrário ao projeto. Um voto técnico contra sete votos políticos, uma vez que a presidenta Célia Donato não vota.
Talvez a visão política da oposição fique apenas centrada na política, e não no que é correto, tanto legal, quanto moral e eticamente.
Assim, fica a pergunta: a oposição realmente existe?
Queremos acreditar que sim, mas diante da forma de fazer política de nossos políticos, fica cada vez mais evidente que tudo não passou de mais uma promessa. E promessas, todos sabemos, nunca são cumprida.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sem direito à saúde.

Segundo o raciocínio do Vereador Mirandinha, as pessoas que tem plano de saúde não deveriam ser atendidas na rede pública de saúde e, quem tem carro na garagem, não deveria pedir ambulância, caso necessitem, pois tem como ir ao posto de saúde ou hospital.
Afirmou ainda o nobre edil, que é a nossa Constituição Federal foi escrita por hipócritas, pois todos sabemos que não é possível dar saúde a todos.
Isso foi dito pelo nobre vereador, em sessão de Câmara e gravado pelo sistema de audio e vídeo da nossa Casa de Leis.
Pelo que parece, o Vereador Mirandinha culpa as pessoas doentes pelo caos no sistema de saúde do nosso município, além de ser totalmente contrário ao que reza a nossa Constituição Federal.
A mesma Constituição que ele jurou defender em sua posse.
A mesma Constituição que em seu artigo 5º, assegura o direito a vida e, em seu artigo 196, assevera que a saúde é direito de todos e dever o do Estado.
O Vereador Mirandinha deveria sentir-se envergonhado por essas afirmações.
O grande Deputado Federal Ulisses Guimarães, do PMDB, o mesmo partido político do vereador Mirandinha, teria vergonha de saber que uma pessoa como o nosso vereador existe, e que pertence ao seu partido.
Ulisses Guimarães foi um grande deputado, exemplo de muitas gerações. Foi anticandidato à presidência da república, quando o regime militar o obrigou a ser candidato. Foi chamado de "Senhor Diretas", pela sua luta por eleições diretas livres, caminho à redemocratização do nosso país. Foi presidente da Assembléia Nacional Constituinte e dirigiu os trabalhos de uma das mais avançadas constituições do planeta na área dos direitos sociais, tanto que é chamada de Constituição Cidadã.
Ulisses Guimarães foi exemplo de democrata. Mirandinha é exemplo de intolerância, arrogância, prepotência e perseguição.
Mesmo na presença de integrantes do movimento Voto Consciente, na última sessão da Câmara Municipal, o vereador Mirandinha sentiu-se à vontade na sua defesa ao governo do prefeito Cláudio Giannini. E ainda falou em nome de Deus!
O vereador Mirandinha poderia fazer um bem à nossa cidade, ao prefeito Cláudio Giannini e ao seu partido, o PMDB: poderia renunciar ao seu mandato de vereador, ou então pedir uma licença até o fim desta legislatura.
Quem sabe assim, livraria os cidadãos de Cabreúva de ouvir tanta bobagem e a saúde pudesse voltar a ser um direito assegurado na Constituição.

sábado, 8 de agosto de 2009

O começo do fim.

A sessão da Câmara Municipal, desta quarta-feira (05/08/2009), mostrou à prefeitura e à base aliada, o quanto será diferente governar, até o final deste mandato.

As relações com a Câmara e os vereadores, passaram de simplesmente mandar votar em determinado projeto, para a discussão, em mesmo nível, se o projeto remetido atende os interesses da população, ou não.

O Vereador Jorginho rompeu com a base aliada e com a prefeitura num momento particularmente difícil para o prefeito Cláudio Giannini. Acossado por dois processos de cassação de mandato, sente que seus dias no comando da prefeitura estão próximos do final. Em reunião realizada nas dependências da prefeitura, esta semana, discutiu com seus advogados e seu primeiro escalão mais próximo (Jorge Spina, Dolivar Federzoni, Marcos Korola e Mirandinha), uma maneira de não se desgastar tanto politicamente, mas essa reunião terminou com a conclusão que o desgaste político não tem mais volta.

Não bastasse tudo isso, dois projetos de regime de urgência foram rejeitados, por culpa exclusiva do vereador Mirandinha, que acreditava ainda manipular, de acordo com sua vontade, os vereadores de sua base aliada.

A arrogância do vereador Mirandinha custou caro à prefeitura: sua primeira derrota, neste mandato.

Os vereadores da oposição apresentaram cinco requerimentos de informações à prefeitura, além de discursarem duramente contra as atitudes irresponsáveis desta administração.

Numa tentativa de defender a administração municipal, os vereadores Arnaldo e Mirandinha, foram muito infelizes, por tentarem explicar uma situação que não tem qualquer explicação: a falta de um modelo administrativo e o caos no sistema de saúde de Cabreúva. Seus discursos foram um vazio de conteúdo e de respeito aos cidadãos cabreuvanos.

O lado positivo disso tudo foi a presença cada vez maior da população nas sessões de Câmara.

Resta saber, depois disso tudo, se Cláudio Giannini vai continuar fingindo e achando que não precisa dos vereadores e da Câmara para governar. Sabe o prefeito que perdeu a maioria, e isso, na sua situação política, pode ser o início do fim, do que resta de seu melancólico e medíocre governo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Associação dos Cavaleiros de Cabreúva

Caros leitores, novamente me desculpo por essa longa ausência, mas creiam-me: essa espera por novas postagens vai valer a pena.
Na noite desta quarta-feira (05/08/2009), a Câmara Municipal de Cabreúva, por iniciativa do Vereador Oliveira, votou e aprovou uma Moção de Congratulações à Associação de Cavaleiros de Cabreúva.
Essa iniciativa, faz justiça aos romeiros de nossa cidade, que num ato de fé e agradecimento, dirigem-se ao Santuário de Pirapora do Bom Jesus todos os anos, há 49 anos.
Algumas pessoas criticam os romeiros, mas devemos separar aqueles que usam a romaria como uma desculpa para embriagarem-se e maltratar os animais, daqueles que verdadeiramente empenham-se num ato cristão de peregrinação.
Cabreúva, talvez alguns não saibam, possui uma das mais tradicionais romarias a adentrar em Pirapora, e dentro dessa tradição, dela faz parte a Banda São Roque, que encontra nos moradores da cidade-santuário, respeito e admiração.
Parabéns aos romeiros, ao presidente Alexandre Pavani, à Banda São Roque e ao Vereador Oliveira, por esse ato de cidadania.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Por um jornalismo de qualidade.

Na semana passada, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), acuado por denúncias de irregularidades - diga-se de passagem, graves o suficiente para que o colega de partido e correligionário Pedro Simon (RS) defendesse abertamente seu afastamento -, subiu à tribuna para fazer um desabafo que já se tornou clichê em casos assim. Para Sarney, o tsunami de escândalos que o tem atingido - e que outro senador peemedebista, Álvaro Dias (PR), definiu como uma tragédia ética que se abate sobre o Senado -, não passa de uma campanha pessoal movida pelo jornal "O Estado de S. Paulo", que os demais veículos de imprensa acabam repercutindo.
Mesmo sem querer, Sarney tirou o chapéu para a qualidade do jornalismo investigativo praticado em relação ao Senado e à sua pessoa. Fossem efetivamente mentirosas as denúncias, o senador pelo Amapá subiria à tribuna com documentos e provas para demonstrar cabalmente sua inocência. Político veterano com passagem pelo cargo mais alto do país, Sarney deveria saber que só ataca o jornal quem não consegue responder aquilo que o jornal publica. Tentativas de tapar o sol da informação com a peneira da campanha movida pela imprensa funcionam, na prática, como uma confissão implícita de que as acusações são irrespondíveis. Na falta de argumentos para rebatê-las é que se apela para a desqualificação de quem as veiculou.
As descobertas de irregularidades praticadas pelo Senado não teriam existido sem um jornalismo competente, marcado pela independência em relação aos ocupantes do poder e pelo compromisso ético com a população à qual a imprensa se dispõe a servir. Esse jornalismo é, ainda, pedra rara no garimpo da imprensa. Embora a expressão jornalismo investigativo pareça um pleonasmo - é impossível imaginar uma forma de jornalismo que prescinda da investigação -, a verdade é que nem tudo o que se publica ou se leva ao ar é feito com profundidade, abrangência, conhecimento e capacidade de desconfiar. O jornalismo burocrático e de serviços, que se contenta em reproduzir press-releases e fazer a cobertura da agenda mais superficial de cada dia, fez escola no Brasil e afastou leitores dos jornais impressos nos últimos anos. Isso é facilmente identificável nos jornais do nosso município, onde as matérias vindas diretamente da assessoria de imprensa da prefeitura, estampam as páginas dos jornais locais, diminuindo cada vez mais a credibilidade desses jornais, por não apresentar, de fato, material jornalístico.
Não é uma coincidência que o jornalismo investigativo, assim como o bom texto e a reportagem de fôlego, voltem a ser valorizados ao final de um tempo de imediatismos e concepções distorcidas, em que as notícias encolheram em tamanho e profundidade. No novo cenário da imprensa mundial, a internet pulverizou a informação de tal forma que se tornou impossível competir pela preferência dos leitores apenas com serviços e coberturas pontuais. Ninguém pagará para ter esse tipo de material, disponível em profusão na web. A briga pela liderança entre os órgãos de imprensa, sejam eles impressos, eletrônicos ou on-line, depende cada vez mais do material exclusivo, da reportagem bem apurada, do texto bem escrito e, principalmente, da credibilidade de quem informa - coisas que não se encontra com facilidade por aí.
Este blog, apesar de não ser, nem ter pretensões jornalísticas, fica feliz por constatar que está absolutamente sintonizado com essa visão moderna e democrática de jornalismo, ao colocar entre suas prioridades a lavra de informações exclusivas, sem descuidar dos princípios éticos, da qualidade da informação e da independência das matérias apresentadas.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Chega de assaltos! Socorro, polícia???

O empresário Manuel Barros cansou de ter seus postos de combustível assaltados e resolveu chamar a atenção da população para a falta de segurança do município. Até aí, está totalmente correto: a segurança simplesmente não existe!
Na região do bairro do Jacaré, que agrega os bairros do Vilarejo, Colina, Paraíso, Novo Bonfim e Bonfim, que são os mais populosos do município, a Polícia Militar não possui nenhuma base ou posto de comando. A Guarda Municipal está sucateada e sem comando, além da velha desculpa de que sua função é preservar o “próprio municipal” e não cuidar da segurança, como se a população não fosse o maior patrimônio do município e não merecesse ter preservada a sua segurança.
Além dos assaltos nos postos de combustível e no comércio, em geral, as residências são alvos fáceis. Recentemente a residência do Sr. Marcos Korolla sofreu um violento assalto, onde estavam sua esposa e seu filho. Um absurdo pela brutalidade dos criminosos no tranqüilo centro do município.
O protesto de Manuel Barros esconde por trás de sua revolta e preocupação, muito mais do que o problema da falta de policiamento no município. Esconde a falta de participação da população e das autoridades nos rumos da nossa Cabreúva.
Pode parecer simplista minha afirmação, mas essa visão surgiu de um fato comum que tenho observado ao longo desses últimos meses, na última reunião do CONSEG, na prévia regional da Conferência Nacional de Segurança Pública e no encontro com o Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Comandante. Camilo: o total desinteresse do povo, dos empresários, dos políticos e do próprio Comandante da GM nas reuniões, onde o que é discutido tem como tema a segurança pública.
Essas reuniões são abertas à participação de todos, mas quase ninguém está presente. Ninguém quer ajudar a prevenir, mas todos cobram quando o caos se instala.
Em todos esses encontros, o vereador Oliveira esteve presente, bem como esse blogueiro. No encontro com o Comandante Camilo, esteve também presente o vereador Defendi e o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Cabreúva, Sr. José Carlos Felício, onde nós quatro pedimos melhorias e aumento de efetivo no policiamento da cidade.
Se Manuel Barros participasse das reuniões do CONSEG (Conselho Municipal de Segurança Pública), se o vereador Arnaldo não se esquecesse da data da prévia regional da Conferência Nacional de Segurança Pública, se as autoridades do nosso executivo municipal estivessem presentes no encontro com o Comandante Geral da PM do estado, se tudo isso tivesse ocorrido, talvez não estivéssemos lamentando nesse blog, como é precário o sistema de segurança pública de Cabreúva.
Cobrar é necessário e é um direito de todos nós, porém participar é uma obrigação, para que qualquer cobrança tenha sentido.
Frases de efeito podem ser engraçadas ou criativas, mas nada resolvem.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A transparência do Governo Cláudio Giannini

Se o Senado da República está sendo alvo de duras investigações, é porque dentro dessas investigações tem sido reveladas situações de desrespeito à Constituição, destruindo a crença na democracia e os alicerces de uma nação que quer atingir a civilização.
O que era suspeita, tem se revelado um escândalo de proporções descomunais, onde um poder da república, o poder legislativo, se coloca acima da própria lei, que esse poder deve criar.
Desta forma, a opinião pública tem respondido que já tem o seu veredicto: todo o legislativo é igual, e não adianta mudá-lo, porque aqueles que ocupam uma cadeira de senador, deputado federal e estadual, se não são corruptos, vão se deixar corromper. Essa é a voz das ruas, é a voz da população.
Passando à esfera municipal pergunto, como já havia perguntado anteriormente: “e os vereadores, pelo que se deixarão governar?”.
A população que frequenta a Câmara Municipal, cerca de 50 cidadãos que toda sessão estão presentes, para avaliar a atuação dos nossos vereadores, tem insistido que os representantes eleitos não fazem nada de novo, são todos iguais.
É sabido que a principal função do vereador é fiscalizar os gastos do executivo, ou seja, investigar se a prefeitura tem gasto o dinheiro dos nossos impostos de forma correta, eficiente e honesta.
Somente um vereador requereu à prefeitura, informações dos gastos na saúde, com a imprensa e na administração do município. Um único vereador, dentre nove vereadores.
E os outros oito vereadores? Pelo que estão se deixando governar?
Quando qualquer cidadão entra no site da prefeitura de Cabreúva (http://www.cabreuva.sp.gov.br/), para pesquisar quais os contratos que o governo municipal mantém, não obtém a informação. Quando qualquer cidadão pesquisar sobre licitações do ano de 2008, não obterá a informação.
Em seu discurso de posse, o prefeito Cláudio Giannini disse que a transparência seria a marca de sua administração.
Onde está a transparência, senhor prefeito?
Onde foi parar o dinheiro da diferença do FUNDEB, que deveria ser "rateado" entre os professores da rede municipal, e até hoje não explicado?
Quantos cidadãos cabreuvanos sabem dos inúmeros processos abertos pelo Tribunal de Contas do Estado, por irregularidades desta administração municipal? E quem sabe que o próprio prefeito Cláudio Giannini foi condenado por compras irregulares?
Quantos cidadãos cabreuvanos sabem quais as licitações que estão abertas pela prefeitura, quais as empresas que participam e quais os valores dos contratos firmados?
Quantos cidadãos cabreuvanos sabem sobre as licitações suspeitas, suspensas pelo Tribunal de Contas do Estado?
Onde estão nossos vereadores eleitos, para recorrerem ao Ministério Público, e provocá-lo a exigir do Judiciário uma providência legal, amparada na própria Constituição, que todos prometeram respeitar, na sua posse?
Seriam essas licitações iguais aos atos secretos do Senado da República? A diferença talvez seja que lá, é o legislativo o investigado, e aqui em Cabreúva, as suspeitas recaem sobre o executivo.
Seria o Secretário da Administração e presidente da Comissão de Licitações, Jorge Spina, o nosso Agaciel Maia? Afinal, ambos são do PMDB, e ambos são os responsáveis legais pelos gastos e licitações.
Quando haverá, enfim, a tão prometida transparência, se é que haverá?
A resposta, senhores, é que não haverá. Essa é a dura e triste realidade.
Nossos vereadores, representantes eleitos pelo povo, se não todos, mas a esmagadora maioria - que deveriam lutar e exigir essa responsabilidade administrativa - estão mais preocupados em não se indispor com o executivo, ao invés de fiscalizá-lo, pois assim terão algumas indicações atendidas pela prefeitura, e dessa forma poderão mostrar que “trabalharam muito” e, na próxima eleição, pedir votos.
E assim, o povo, em sua simples e imensa sabedoria, continua a dizer: “são todos iguais”.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Uma nova esperança de justiça

Para aqueles que sempre acreditam na verdade e na justiça, a esperança nunca deixa de existir.
Para os que vivem na mentira e à margem da lei, esse é um momento de total desespero.
Quando instalou-se a primeira sessão extraordinária na Câmara Municipal de Cabreúva, distribuí aos vereadores uma carta que intitulei “Interesses da Sociedade”, adaptada de uma postagem deste blog. No primeiro parágrafo, estava escrito: “Quem vai governar Cabreúva pelos próximos quatro anos, ainda ninguém sabe, já que há um processo de cassação contra Cláudio Giannini em andamento na Justiça Eleitoral. Mas, no momento em que tomam posse o prefeito, o vice e os vereadores, é sempre oportuno questionar: e eles, os escolhidos, pelo que se deixarão governar?”
Essa carta foi alvo de duras críticas de alguns vereadores, inclusive do Vereador Marcos Korola, que estava presente na sessão e que por sua formação escolar e intelectual, talvez não tenha conseguido ler o que estava escrito, ou na melhor das hipóteses, não tenha conseguido entender ou interpretar o texto. Fui, então, interceptado na saída da sessão pelo o nobre edil, que hoje encontra-se licenciado do cargo de vereador e responde pela chefia de gabinete da prefeitura, traindo frontalmente seus eleitores. Usando o frágil argumento que este blogueiro vivia de sonhos, esclareceu que ele sabia quem iria governar Cabreúva, e perguntou-me se eu tinha alguma dúvida. Fiquei indignado com o tratamento que me fora dispensado, mas mantive-me firme e de cabeça erguida, pois sempre acreditei na lei, na justiça, na verdade e na democracia.
Para aqueles que leram a postagem, ficou bem claro que trata-se da forma de relacionamento que o executivo e o legislativo devem ter, e de que maneira a sociedade deve participar da fiscalização dos atos públicos, e quais são os verdadeiros interesses da sociedade cabreuvana. Era esse o intuito da carta distribuída aos vereadores e não uma mera provocação sem sentido.
Esclarecido isso, tenho o dever de informar aos leitores desse blog que Cabreúva ainda não sabe quem vai governá-la até 31 de dezembro de 2012.
Em recente decisão da Procuradoria Regional Eleitoral, o processo de cassação do prefeito Cláudio Giannini foi remetido ao Tribunal Regional Eleitoral para que esse tome providências em resolver erros que deram ganho de causa ao atual prefeito. Foram constatados erros no processo, antes da decisão do Juízo Eleitoral de Itu. Esses erros podem agora serem corrigidos e isso causou uma enorme preocupação na prefeitura de Cabreúva. Ou seja, Cláudio Giannini pode ter seu mandato cassado a qualquer momento e, hoje, não sabemos quem governará Cabreúva até o término do atual mandato.
Fica aqui esclarecido, que a verdade e a justiça sempre estão acompanhadas da esperança, e não dos sonhos.
E é na lei, na justiça e na verdade que sempre acreditei.
Que a lei seja cumprida! Que a justiça seja feita! Que a verdade nunca deixe de existir!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Reflexões

Quero desculpar-me com os leitores deste blog, pelo vazio das palavras desses últimos dias. Retirei-me por esse período, para uma reflexão dos comentários da postagem anterior.
Acredito na democracia e em tudo que vem junto dela, para o bem e para o mal.
Sou um crítico feroz da atual administração municipal, bem como dos vereadores, que tem o dever de zelar pelo bom uso do dinheiro público, que afinal, é nosso.
Sou, também, um crítico voraz de mim mesmo. Questiono-me sempre, ética e moralmente, que prestando assessoria a um vereador, não estaria sendo tendencioso a ponto de poupar das críticas, esse mesmo vereador.
Gosto de críticas, porque uma boa crítica nos faz refletir, nos faz questionar, nos faz melhorar. Uma das críticas que recebi, na postagem anterior, me deixou muito feliz. Disse o comentarista, que não concordava com todos os artigos que tinha lido, mas que tinha, na maioria das vezes, a mesma opinião expressada nas postagens. Isso representa que as opiniões não são unânimes. Isso representa que esse blog é lido por pessoas de opiniões diversas. Isso representa a diversidade de pensamento.
Foi com esse objetivo que criei o blog “Cabreúva em Foco”: ser um canal de informações dos bastidores políticos de nossa cidade, dos fatos políticos, com minha opinião exposta às interpretações dos leitores.
Nunca pretendi ser senhor da verdade, pelo contrário: deve haver a troca de opiniões divergentes sobre um mesmo tema, para que os que acompanham esse blog, possam formar sua própria opinião, usando a informação e assim, aumentando o conhecimento sobre nossa política.
Outro fato que me alegrou muito, foi saber que a ONG Voto Consciente (www.votoconsciente.org.br) tem alguns representantes em Cabreúva. Isso demonstra que a sociedade civil está se organizando, preocupada com o futuro de nossa cidade. Com isso, todos nós saímos ganhando, pois será disponibilizado no site da ONG, para todo o país, o desempenho dos vereadores na Câmara Municipal. Poderemos estar acompanhando os trabalhos do legislativo e também do executivo, pela ótica de observadores totalmente imparciais. A verdade, mais uma vez, sairá ganhando, e poderemos, assim, formar nossas opiniões a respeito dos nossos representantes, sem meias-verdades, pois estaremos acompanhando os trabalhos, ou a falta de trabalho dos políticos.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Um grande homem... Um grande exemplo.

Foi como voltar no tempo... Os grandes oradores, que já nasciam grandes, tomados em seus brios, faziam das palavras, uma aula de oratória. Olhavam para as galerias do plenário, estufavam o peito e as palavras saiam gigantes de sua boca. O povo, e o bem do povo eram a sua meta. Ao discursar, falavam como numa roda de amigos. Não existiam inimigos, apenas adversários. Não diziam palavra sobre a vida de ninguém, apenas dos atos públicos. Todos conheciam os grandes oradores. Todos sabiam que seus discursos eram enormes em significado, sabedoria e propriedade do que diziam. Quanta saudade...quanta saudade...
E na noite fria do começo de junho, nesta quarta feira 03/06, em que na Câmara Municipal de Cabreúva foi discutido e aprovado o projeto de Lei da vereadora Lurdes Santi, que denominou Creche Olga Malvezzi, a creche que está sendo construída no bairro do Novo Bonfim, o tempo se fez voltar.
O ex-vereador Mário Malvezzi, filho de Olga Malvezzi e do grande Guerino Malvezzi, usou a tribuna, mais uma vez.
Sua fala firme, pausada, numa linguagem própria dos grandes oradores, dos grandes tribunos, dos grandes vereadores, foi breve. Agradeceu a homenagem feita a sua mãe. Apenas isso... Mas disse tanto...
Ver Mário Malvezzi na tribuna da Câmara me remeteu a um tempo que nunca vivi, mas muito estudei, muito li, muito ouvi falar. Era o tempo que ser vereador era um ato de coragem, um ato de valentia, um ato de amor à cidade, de amor à Cabreúva.
Mário Malvezzi talvez não seja um homem de diploma, mas é um doutor da vida política. Um senhor distinto, que sempre primou pela ética. Um homem de bem, como se dizia. Seu pai, Guerino Malvezzi foi vereador por vários mandatos, numa época que nada recebia por isso, e chamava nossa cidade de “minha Cabreúva”. Foi também, um dos maiores oradores que já passaram pela nossa Casa de Leis.
Ao final da sessão desta noite, quando fui cumprimentá-lo, tive mais uma lição dos grandes homens: Mário Malvezzi agradeceu a presença de todos nós, que estávamos esperando-o, a homenagem à sua mãe. Disse, também, que seu pai, sim, era um grande orador, e pediu-nos desculpas por não ter falado bem, por estar nervoso.
Quanta lição foi dada nessa noite. Quanta saudade do tempo que existiam os grandes homens, que ainda por cima, tinham a modéstia de não se acharem melhores do que ninguém... Quanto exemplo a ser seguido, se ainda houvesse homens de bem... Homens da estirpe de Mário Malvezzi...