sexta-feira, 30 de outubro de 2009

ESPAÇO ABERTO

Deus está sempre entre nós. E o povo, será que sabe dessa grande verdade?
Faço um apelo para todas as autoridades eclesiásticas, de todas as denominações religiosas e demais autoridades e formadores de opinião: conscientizem a população da necessidade do comparecimento nas sessões da Câmara Municipal.
Conscientizem sobre a necessidade da busca da informação concreta, correta, para que fiquem sabendo na íntegra, da responsabilidade, do caráter, do compromisso da cada político de nossa cidade.
Ou será que vamos viver a todo tempo vendo um enfermo a se definhar no leito da injustiça, sem um serviço mínimo de saúde?
Que ao invés de ser socorrido por um médico para prestar a devida assistência, será atendido por políticos oportunistas.
Os políticos oportunistas que se aproveitam da desgraça alheia, como urubus sobre a carniça (o politiqueiro) e, depois sobrevoa lá nas alturas esperando sua digestão por um período de quatro anos, voltando a procurar o povo (como o povo fosse sua carniça), que de forma passiva o recebe bem e sem saber que novamente (o politiqueiro) buscará seu interesse próprio, para novas revoadas de mais períodos...
Nossas crianças sem a devida educação. Nossos adolescentes encontrando refúgio nas drogas. Enfim, o Crime e os Criminosos Organizados, tragando, vilipendiando a nós, seres humanos que tanto sonhamos com a dignidade humana.
Tenho a esperança e o sonho de que, um dia, quem sabe bem próximo, o povo escolha seus líderes verdadeiros e, de forma mais consciente.
Por hora, com o povo ou sem o povo presente na Câmara Municipal (é claro que, com o povo, a verdade chega mais rápido e nos libertará do mal) e, com ajuda de Deus e pessoas do bem e amigas, vou seguindo meu destino e procurando o que precisa ser feito em favor de cada cidadão ou cidadã de Cabreúva.
Devo ao povo cabreuvano. Tenho por esse povo, por essa população, carinho e respeito.
Minha função de vereador será cumprida, como deve ser cumprida a função de um vereador.
O registro deixado neste espaço não é simplesmente de um vereador, de um político cabreuvano que simplesmente passou por aqui. É o registro e a opinião um homem de bem, que tem vergonha na cara, que jamais o povo verá seu rosto estampado na televisão como um corrupto!
Obrigado pelo espaço para deixar o meu registro e manifesto.
Obrigado à população que acompanha os interesses coletivos!
Mas fica a pergunta: por onde andam as pessoas que escolhemos como lideres para dar a direção a estes interesses?
Um Grande Abraço.
Vereador Oliveira

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

ESPAÇO ABERTO

Sobre a última sessão da Câmara
Em sua última sessão, a Câmara Municipal aprovou o projeto que institui feriado municipal o dia da padroeira da cidade. Não entro no mérito da questão. Sobre ela, apenas diria que, se vivemos em um Estado laico, ou não deveria haver feriados religiosos (Natal e Páscoa, inclusive) ou outras tradições religiosas deveriam ter o direito de tê-los também (o Estado é laico mas reconhece o direito à religião – qualquer que seja, contudo). O que chamou a atenção, no entanto, foi a mensagem que a população cabreuvana, ao menos a que mora no centro, transmitiu, sub-repticiamente (ou seja, de forma não-intencional, ou não-explícita): quando alguma questão é de seu interesse, ela comparece à sessão da Câmara. O que é motivo de lamento, e eis o que originou essas mal-traçadas, é que a população considere de seu interesse apenas a votação de um feriado religioso!

Tenho profundo respeito por todas as tradições religiosas, cristãs ou não. Portanto, não coloco em discussão a fé de quem quer que seja (não nesse espaço, pelo menos). Mas chamo a atenção para o aspecto revelado nesse comparecimento maciço da população à Sessão da última quarta-feira: parece que os demais projetos, que tratam de educação, casas populares, atendimento médico e, sobretudo, fiscalização dos atos do Poder Executivo, não são igualmente importantes!

O que mais se vê é o povo reclamando da qualidade dos seus políticos. Há momentos, contudo, em que parece fazer sentido o ditado, que eu, sinceramente, gostaria de acreditar que não fosse verdadeiro: cada povo tem o político que merece... Ora, cabreuvanos, se vocês comparecem à sessão apenas quando há algo de seu interesse, mas vocês consideram de seu interesse apenas a votação de um feriado religioso, em que momento poderemos acreditar em um acompanhamento realmente significativo da atuação dos políticos? Como podemos escolher melhores candidatos se nos lembramos deles apenas a cada quatro anos, e sequer sabemos como votam e quais suas argumentações para se posicionarem de tal ou qual modo? Imaginemos, ainda, se ao menos metade dos presentes à sessão participassem de algum movimento de fiscalização e discussão política, já existente em nossa cidade? A diferença seria grande...

É muito cômodo comparecer em apenas uma reunião, sabe-se se lá se uma ou duas vezes por ano, reclamar, vaiar, ofender (postura, aliás, lamentável de alguns), mas deixar que em todo o restante do tempo os vereadores trabalhem sem qualquer acompanhamento por parte da população. A mudança na política começa pela mudança nos eleitores. Não pensem que ela virá de cima.

Leandro Thomaz de Almeida
Coordenador Voto Consciente-Cabreúva

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Apelo à população

Caros leitores e cidadãos de Cabreúva.
A Casa de Leis de nossa cidade, recebe neste dia 28 de outubro, um Projeto de Lei do Vereador Marcelo Defendi (PSB).
Esse projeto, obriga a presença, 24 horas, todos os dias, de médicos pediatras no Pronto Atendimento Médico do Bairro do Jacaré e na Santa Casa de Misericórdia, no centro do município.
Ótimo projeto, que merece a atenção e aprovação por todos os vereadores do município.
O único senão, é que a base de apoio da prefeitura decidiu rejeitar o projeto.
Vergonha! Irresponsabilidade!
Os cidadãos de bem, que são muitos, estão conclamados a não permitir esse absurdo, essa impositura ditatorial de barrar os projetos da oposição, não se importando com aqueles que necessitam de um atendimento de emergencia e de qualidade, que nunca chegou à nossa cidade.
Peço que a população que precisa ou um dia precisou de atendimento médico para seu filho, que compareça na Câmara Municipal, para que juntos possamos exigir a aprovação desta Lei.
A sessão começa às 19 horas.
Vamos comparecer!!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O começo da mudança: Acreditar!

Artigo
"Há muitos direitos humanos determinados por lei. Temos muito orgulho de nossa luta para garantir esses direitos: direito a alimentação, a abrigo, direito a trabalho, a saúde e assim por diante.
Eu também acho que direito a crédito também é muito importante.
Se temos direito a alimentação, a abrigo, a saúde, a trabalho, quem vai fornecer tudo isso? Vou esperar o governo trazer comida para mim toda manhã, para que eu possa comer? O governo vai me trazer saúde todos os dias, para que eu fique saudável?
Nenhum governo do mundo consegue fazer isso.
A responsabilidade do governo e da sociedade é me tornar capaz de ir atrás da minha comida, de cuidar da minha saúde, de construir a minha casa, e assim por diante.
Para fazer isso, precisamos de uma instituição, de um serviço importante, que é o serviço financeiro.
Posso pegar o dinheiro e transformar em oportunidade de renda, e essa renda vai solucionar as questões de comida, abrigo, saúde, o que seja. Então, se tenho um serviço de crédito à disposição, pego um empréstimo para criar meu próprio emprego, meu próprio negócio. Se eu não consigo achar um emprego, e fico ali, reclamando e esperando alguém me alimentar, não dá certo.
Posso criar meu próprio emprego, sou uma pessoa capaz, cheia de energia criativa. Mas preciso de um pequeno capital de investimento: US$ 30, US$ 100, US$ 200. É só isso que preciso para mudar minha vida.
Ao mesmo tempo em que construímos uma economia na qual tudo é feito com dinheiro, nós negamos a uma grande parte da população mundial, acesso a esse dinheiro.
Construímos uma muralha para que elas não entrem nesse mundo.
Se dinheiro atrai dinheiro, se é preciso um dólar para ter outro dólar, quem não tem o dólar inicial está acabado e não chega a lugar algum.
Não importa o lugar onde você nasce. É a forma como você cresce que faz toda diferença. Qualquer ser humano, nasça ele na rua ou dentro de um palácio, no que diz respeito a qualidades, não há diferença.
Talvez seja a hora dos bancos convencionais pararem e refletirem. Digam a todos: 'Se o banco diz que é impossível, não acreditem...' porque é possível.
Vemos resultados todos os dias.
Por que não podemos emprestar dinheiro para qualquer pessoa?
Os bancos responderam: 'Não, isso é impossível'. Nós dissemos: 'Podemos tentar, ao menos'. E tentamos. E deu certo.
Eu não sabia nada sobre bancos. Essa  foi minha maior vantagem: não saber nada sobre bancos. Como eu não sabia nada sobre bancos, eu podia fazer o que quisesse. Por isso, o banco que nós criamos era praticamente o oposto dos bancos convencionais.
Os bancos convencionais vão para um lado, o Banco Grameen vai para outro. Os convencionais atendem os ricos, o Grameen atende os pobres.  Os convencionais pedem garantias, o Grameen fala: 'Não precisamos de garantia'. Os bancos convencionais usam advogados para prender o cliente, o Grameen não precisa de advogados. Os bancos convencionais mandam você ir à agência para fazer negócio. Nós dizemos que o banco deve ir até o cliente para fazer negócio.
É preciso observar que o Banco do Povo, outros bancos e outras organizações de microfinanciamento estão fazendo. Sem precisar de garantias, sem advogados.
Eles emprestam dinheiro, e a taxa de retorno chega aos 98%, 99%.
O dinheiro da caridade tem vida curta. Você usa, e pronto. Mas se você investir esse dinheiro numa empresa social, não tem fim, o dinheiro se recicla, e você consegue fazer ainda mais.
Pode resolver o problema da falta de água potável, de construção de casas para os pobres, de geração de renda para os pobres.
É um negócio, não é caridade.
Todo ser humano chega repleto de engenhosidade, de criatividade, de empreendedorismo. Quando o ser humano nasce, já chega com todo esse potencial ilimitado. Então, a partir de agora, devemos trabalhar para criar um ambiente próspero, para que toda criança tenha a possibilidade de liberar essa capacidade que tem.
O 10º aniversário é sempre um momento importante. Vocês já percorreram um longo caminho. Vocês tem um histórico. É isso que nós fazemos. E fazem isso há mais de 10 anos.
Nesses 10 anos, alcançaram a um patamar no qual tudo é possível. Espero que seja um marco na História. Que foi neste ano que o microcrédito no Brasil decolou e atingiu muita gente que nunca teve acesso a esse serviço.
Hoje, nos alegra muito vê-los comemorando o seu 10º aniversário.
Sei que seu futuro será ainda mais brilhante, e que vocês inspirarão o Brasil inteiro. E mais: inspirarão muita gente no mundo inteiro a seguir seus passos.
Obrigado!

Muhammad Yunus, o banqueiro dos pobres, fundador do Grameen Bank de Bangladesh, o maior banco de microcrédito do planeta e ganhador do Premio Nobel da Paz em 2006, proferiu a palestra descrita no texto acima, na comemoração dos 10 anos do Banco do Povo Paulista, realizado em Sâo Paulo, no dia 25 de agosto de 2008

terça-feira, 20 de outubro de 2009

As empresas e a política

Artigo
O cidadão deve ser consciente de sua importância no processo empresarial e na definição dos rumos do País.


Já faz alguns anos que participo de entidades empresariais , como membro, conselheiro ou apenas palpiteiro. São três décadas de militância, com um discurso que  agora começa a encontrar eco, embora muitas vezes eu tenha chegado a  desanimar pela falta de interesse por parte  das grandes corporações empresariais em ouvir, assimilar e praticar.
Ou tudo isso ao mesmo tempo.
Refiro-me à tese que defendo de que as empresas não podem, em suas formulações estratégicas e na formação e qualificação de seu pessoal, deixar de  fora as considerações sobre  o ambiente em que atuam  no País, ou seja, o que se refere à questão política.
Cansei de ver cara de espanto em altos executivos  e em empresários , quando em palestras (e já são mais de mil nesse período) , eu dizia que a empresa, além de qualificar técnica e administrativamente seus colaboradores, deveria lhes dar também qualificação política. A importância de todos os níveis hierárquicos de uma empresa conhecerem a vida institucional e  política do País,  é tão fundamental  quanto  sua capacidade competitiva.
A saída mais fácil  foi sempre algo assim: nossa empresa não se mete em política.  Expus à exaustão,  para esse público, que por mais eficiente que uma empresa seja em seu negócio, em operar seu "business core", ela tem de conhecer e participar do ambiente externo que influencia  seus negócios. Muitas vezes, um negócio fracassa, ou deixa de ser competitivo e as razões são procuradas internamente, quando estão no ambiente externo, como decisões  de política econômica, reflexos de crises nacionais e internacionais, leis que afetam o setor e outras.
Quando abordo o assunto, deixo claro que não se trata de inserir a empresa e seus colaboradores num partido político, engajá-los numa campanha ou algo assim. Essa decisão é individual,  no exercício de sua cidadania. À corporação cabe , porém, preparar seus funcionários, gerentes, diretores, operários, para serem cidadãos conscientes do mundo em que empresa vive, das influências que decisões individuais (somadas)  podem determinar à vida da organização e à  de cada um que nela trabalha.
Com medo de mostrar opinião ou posição política e sofrer represálias ou perder  contatos privilegiados, as empresas acabam deixando ao vento a formação política de seus quadros e  estes, com a influência que recebem externamente, sem ter consciência plena do papel da empresa na vida brasileira  e dele dentro da empresa, num país de regime de livre  mercado ,acabam não tendo ideologia que signifique a sobrevivência de sua carreira, de seu emprego, de sua empresa.
Felizmente, começo a ver,  aqui e ali,   mudança comportamental de grande importância para a melhor adequação da empresa privada no contexto político do poder e da sociedade brasileira. Os tabus devem começar a cair e   as empresas entenderem que se em seus objetivos e planos estratégicos, não considerarem as variáveis externas da vida política, econômica e social do país, sempre serão margem de manobra de políticos carreiristas.
 Não basta contratar consultores para  palestras ou lobistas para andar por Brasília e adjacências dos poderes públicos. É preciso criar em cada cidadão a consciência de quem ele é, onde está,  sua importância no processo empresarial e na definição dos rumos do País, por meio do voto. É preciso mostrar  como funciona o acesso ao poder,  via partidos políticos.  As decisões, depois, caberão a cada um.
Vejo entidades de peso sistematizando as influências internas e externas nas avaliações de participação empresarial no mercado e na vida do Brasil. Está mais do que na hora de o elefante saber  sua força, influenciar nas decisões do circo, deixar de lado as vaidades pessoais, a competição por luzes entre lideranças, e a livre iniciativa brasileira passar a entender que ela é  definida na Constituição como base de nossa atuação econômica. E a liberdade de empreender, pensamento e investimento, são a base.
Não podem e não devem submeter-se ao Estado, e sim, devem e podem formar as lideranças que amanhã estarão em cargos importantes, definindo a direção a tomar,  e não se deixando sugar por políticos mal formados que sugam a energia produtiva das empresas, dos trabalhadores, em benefício de causas pessoais.
Vindo de uma reunião empresarial, onde este tema começou a ser aprofundado, posso dizer que senti  meu entusiasmo recuperado, a esperança de que a inteligência volte a ter vez,  para se contrapor à manipulação emocional e à exploração da pobreza e da ignorância.

Paulo Saab é jornalista e escritor
Publicado no jornal Diário do Comércio



sábado, 17 de outubro de 2009

O valor do futuro

"O dilema entre presente e futuro.
Como será o amanhã? O que é melhor: desfrutar o momento ou cuidar do futuro? De um lado, estão os nossos sonhos e valores. De outro, as nossas possibilidades e limites.
A vida nos obriga todos os dias a tomar decisões, e assim, adquirir nossos valores próprios.
Valores morais, éticos, profissionais, fazem do ser humano único e responsável por seu futuro.
Os mecanismos de troca no tempo são também de dois tipos: ou o benefício é antecipado no tempo e os custos chegam depois, ou os custos vêm antes dos benefícios.
A questão é saber o que desejamos e como dar consistência no tempo aos nossos desejos.
De um lado está a lógica: o que queremos precisa respeitar as regras do que é possível.
Mas do outro lado está o sonho. Porque o futuro também obedece à ousadia do nosso querer. Os apelos do presente e os apelos do futuro estão na nossa mente, e a todo o momento medindo forças. Ponderar, calcular, comparar e eleger um amanhã é para os humanos.
Todos nós temos um passado e todos temos um futuro a zelar.
O homem é refém do tempo.
E é justamente essa percepção do tempo que torna certas escolhas tão difíceis."
(Abertura do 19º Congresso da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil e 10º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo)

Aviso aos leitores

Até agora, nenhum político de Cabreúva se manifestou no "Espaço Aberto".
Isso nos faz crer que, ou realmente não se importam com a população e não precisam dar aos leitores qualquer opinião à respeito da cidade, ou nossos políticos não tem projetos e idéias a ser apresentadas, que não seja em ano eleitoral.
Continuamos esperando...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Espaço aberto

Quero deixar um convite a todos os visitantes deste blog. A partir de agora, todos aqueles que queiram, podem utilizar o ESPAÇO ABERTO: uma coluna que publicarei com as idéias das pessoas que foram aqui citadas e quem mais queira a utilizar, para expor seus pensamentos e propostas voltadas à Cabreúva.
Para isso, basta mandar um e-mail com seu texto para rviolardi@hotmail.com
Convido todos os vereadores (Arnaldo, Mirandinha, José Gomes, Jorginho, Lurdes Santi, Henrique, Defendi, Samuel Oliveira e Célia Donato), o prefeito Cláudio Giannini, o chefe de gabinete Marcos Korola, os secretários municipais, as lideranças políticas, além de todos que se interessem por nosso município, a utilizar o Espaço Aberto.
Se vão aceitar ou não, os leitores saberão.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Blog sem comentários, não é blog.

Quando coloco uma postagem neste blog, espero a reação dos leitores.
Desde que foi criado, em janeiro deste ano de 2009, tivemos 64 comentários.
O respeito à opinião deve ser livre, desde que, quem queira fazer uso dos comentários, assine o que escreve. Isso é um princípio constitucional.
Cabreúva em foco aborda os bastidores do meio político de nossa cidade, além, é claro, de trazer artigos de colunistas que tratam do dia a dia da política nacional.
Uma linguagem séria, sem subterfúgios, que não agrada a todos, mas com a devida imparcialidade dos fatos.
Deixo, democraticamente, esse espaço aberto a quem quiser fazer uso. Não um direito de resposta, pois não é intenção deste blog ofender a quem quer que seja, mas uma forma de contrapor as idéias apresentadas por esse blogueiro.
Com essa seriedade, conquistamos o respeito das pessoas, que tem procurado aqui, a verdade que não é dita nas ruas, mas que se faz necessária nesses tempos de tantas mentiras.
Credibilidade, respeito à opinião e seriedade. Essa é a fórmula do nosso sucesso!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Infeliz cidade


Enquanto o Brasil colhe os dividendos de uma bem sucedida política econômica, que coloca o país numa posição de destaque no âmbito internacional, nossa cidade de Cabreúva sofre pela falta de planejamento e ingerência administrativa.
Cláudio Giannini cansou-se de ser prefeito e parece não encontrar em sua equipe de governo, ninguém que tenha competência suficiente para ajudá-lo na condução do futuro de Cabreúva. Parece aos olhos de todos, que eximiu-se de suas responsabilidades, entregando ao seu chefe de gabinete, Marcos Korola, as chaves da prefeitura, declarando-o seu sucessor, mesmo não tendo havido eleições que aprovem seu nome.
E diante da total incapacidade do novo alcaide nomeado, nossa Cabreúva parece ter tomado essa posição estática dos dias atuais.
Será que vamos ficar parados no tempo e espaço, deixando cidades com menos belezas naturais, menos empresas instaladas, menos população empreendedora, tomar o lugar de destaque que merecemos no cenário paulista e nacional?
Enquanto os representantes eleitos para exercer as funções de fiscalizadores dos gastos públicos, ficam se engalfinhando para saber quais deputados irão apoiar nas eleições do próximo ano, nossa cidade vai ficando para trás.
Até quando nossos políticos, eleitos ou nomeados, populares ou populistas, ficarão brincando com as reais necessidades da população?
Que esta postagem sirva a quem quiser se sentir atingido em seus brios, mesmo porque dificilmente algum político tem brios. Temos covardes que se escondem por trás de seus cargos, fazendo ameaças veladas e, muitas vezes, prejudicando pessoas que muito tem a dar por nosso município.
Políticos que se dizem defensores da população, mas que somente defendem seus próprios interesses, esses têm muitos. Defender a população? Somente de quatro em quatro anos.
Nosso povo, nossa população já se cansou.
Quando realmente a cidade terá um crescimento sustentável, uma distribuição justa da riqueza gerada pelo empreendedorismo de nossa gente? Quando poderemos sentir orgulho de nosso meio político, feito de pessoas que são comprometidas com Cabreúva e com a verdade?
Talvez demore, talvez não. Enquanto isso, o riso fácil de nossa gente, a amizade sincera do nosso povo, vai superando pouco a pouco esses breves momentos de nossa, hoje, infeliz cidade.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Movimentos pré-eleitorais ou pré-eleitoreiros?

Artigo
"De boas intenções, o ano pré-eleitoral está cheio. O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, deu uma nova interpretação à Constituição e com isso as propostas de emenda à constituição (PECs), os projetos de lei complementar, as resoluções e os decretos legislativos podem ser votados em sessões extraordinárias mesmo que a pauta das sessões ordinárias esteja trancada por medidas provisórias (MPs). Antes a MP era um empecilho à votação de outros projetos e agora o caminho está livre com essa porta aberta ao livre trânsito de proposições. 
Após essa abertura temos visto aprovações em série de projetos que estão beneficiando diversos grupos de interesse, de forte mobilização, exercendo pressões a fim de verem suas causas abraçadas. São propostas que, se ainda não foram aprovadas em Plenário, estão caminhando bem nas comissões e conquistando a cada dia mais espaço. Os exemplos são muitos como as propostas de redução de jornada de trabalho, a PEC dos cartórios, equiparações salariais de profissionais de diversas categorias e tantos outros projetos. 
A PEC 471/05 dos serviços notariais, por exemplo, eleva à condição de titulares os atuais substitutos ou responsáveis por cartórios de notas ou de registros. Terão direito à efetivação os substitutos que estejam à frente do cartório há pelo menos cinco anos ininterruptos ou que tenham assumido os cargos antes de 20 de novembro de 1994. A Constituição de 1988 exige que as vagas de tabelião e oficial de registro sejam preenchidas por concurso em caso de vacância. Porém, os Tribunais de Justiça muitas vezes não fizeram os concursos nos prazos estipulados e por causa disso muitos cartórios estão há anos sem titular. 
Os presidentes de tribunais que não abrirem concurso em seis meses cometerão improbidade administrativa. Assim, o projeto fica a bom termo tanto para substitutos que estão há anos na função quanto aos pleiteantes por vagas por meio de concurso. Só para registrar, o Estado de São Paulo e o Distrito Federal já se adequaram anteriormente a estas condições e a PEC, nesses dois territórios, terá um impacto muito pequeno. 
O último episódio mais marcante foi a PEC dos vereadores que, atendendo a uma reivindicação de milhares de suplentes, foi aprovada, aumentando o número de representantes nas Câmaras Municipais. Os legislativos municipais ganharam mais sete mil vereadores. A vantagem desse projeto é que determina a redução de repasses de recursos para os legislativos municipais. Se for colocada em prática, a iniciativa é uma boa notícia para cortar um pouco de gasto público. 
É de inteira responsabilidade da Presidência da Câmara dos Deputados pautar os projetos que posteriormente são encaminhados às votações. Acreditamos que trazer às sessões assuntos tão sensíveis e polêmicos nesse ambiente pré-eleitoral não é oportuno. Não deveriam ser colocados em discussão nesse momento em que o poder de pressão é forte. Esperamos que os objetivos destas votações atendam aos interesses da sociedade e não à aspirações que possam estar extrapolando os limites da Presidência da Casa. Não é justo nem democrático que setores do Congresso se transformem em um balcão exposto a todo tipo de pressão e benevolência para contribuir com objetivos obscuros.
Sem troca de favores a democracia não tem nada a perder. Nem a temer. "
Guilherme Campos
Deputado federal (DEM-SP)
e-mail: dep.guilhermecampos@camara.gov.br