As votações tem dois personagens centrais: a política e a legalidade. Somente o vereador Oliveira tem optado pela legalidade, deixando de lado seus prováveis votos, em 2.012, mas pensando unicamente num caminho viável para a Cabreúva do futuro.
Isso pode, num primeiro momento, parecer um suicídio eleitoral, sabendo-se que o vereador Oliveira não apoiará, até o presente momento, nenhum candidado à deputado estadual ou federal. nas próximas eleições. Diante disso, seus colegas de oposição não querem, pelo menos agora, ter uma ligação direta com esse vereador. Mas esse quadro mudará em breve, quando o caminho escolhido, o da legalidade, começar a lhe render dividendos políticos, num caminho sem volta.
Foi assim na última sessão da Câmara, quando polemizou quanto a não entrega aos vereadores, do parecer jurídico da Câmara Municipal, ao projeto de lei da prefeitura.
Segundo sua análise, de seu corpo jurídico próprio e o parecer de alguns juristas que foram consultados, o projeto da prefeitura apresentava muitas irregularidades, inclusive constitucionais.
Foi duramente repreendido pelos seus colegas vereadores, quando expôs seus motivos para o único voto contrário ao projeto. Um voto técnico contra sete votos políticos, uma vez que a presidenta Célia Donato não vota.
Talvez a visão política da oposição fique apenas centrada na política, e não no que é correto, tanto legal, quanto moral e eticamente.
Assim, fica a pergunta: a oposição realmente existe?