terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O ocaso de Madame Natasha


Madame Natasha continua a atender, como nos diz o grande Élio Gaspari. Atende a todos sem distinção...mas prefere os pobres – eles saem muito melhor nas fotos. Principalmente agora que se aproxima a grande eleição de síndico do prédio. Madame Natasha quer ser reeleita, para dar continuidade ao seu projeto maior... que ninguém sabe o que é, mas isso é só um detalhe.
A campanha para a sua reeleição vai à toda... os jornais do condomínio só falam nela, só mostram ela, as páginas das redes sociais, também. Poucos sabem, mas os recursos do caixa do condomínio são usados todos para pagar a mídia, mesmo as mídias serem gratuitas...só os moradores do prédio não sabem, apesar de todos os meses as taxas serem aumentadas, mas isso é, também, apenas um detalhe. E aí de quem ouse contrariar Madame Natasha... proibiu todos os trabalhadores de sequer curtirem as páginas do facebook dos outros candidatos à síndico -  deu advertência para o faxineiro, mandou embora o jardineiro - mas o caixa do condomínio estava vazio para a rescisão e o chamou de volta, prometendo um aumento de salário na próxima gestão.
Madame Natasha está meio triste... na última pesquisa paga pelo zelador, parece que seu marketing não está dando resultado... têm caído nas pesquisas para síndica. Está uma fera... mas todos sabem que é mais uma gatinha que uma leoa. Bem... a leoa, afinal de contas era a antiga síndica, que fingiu estar de fora, e lançou o vigia da noite para concorrer... como ninguém o via, nem o conhecia, pois passava mais tempo fora do que vigiando o condomínio, essa Natasha levou. Depois foram comemorar juntos, os três. Já que sempre foram próximas e grandes amigas, é a antiga síndica quem manda de verdade no condomínio, enquanto Madame Natasha fica esperando seu fotógrafo particular, que às vezes não aparece, pois vive dando mancada...

Parece que o sol está se pondo... o ocaso de Madame Natasha está bem próximo.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A ordem dos números.

Caros amigos,  recebi ontem uma mensagem via wattsapp, pedindo para que votasse em uma enquete pela Internet, para saber quem eu escolheria como meu candidato para prefeito em 2016. Curiosamente entrei no site sugerido e havia três nome, os mesmos candidatos de 2013 e uma outra opção com o título de "OUTROS", no qual aparecia um campo para que colocasse o nome escolhido. Após votar, surgia o resultado, que dava uma larga vantagem para justamente "OUTROS", sem aparecer quem era.
Hoje, novamente curioso, fui verificar como estava o resultado da votação virtual e, pasmem, somente os três conhecidos nomes estavam disputando essa eleição virtual.
 Conforme havia dito em uma outra postagem neste mesmo blog..."o resultado das pesquisas tem os números daquele que a contrata."
Tem muito político eleito com uma dificuldade enorme de lidar com a democracia e não tem o menor escrúpulo em modificar ou alterar a ordem dos números,  isso quando lhe favorece... quando apenas lhe favorece...

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A política, por Millôr Fernandes


“Ser político é engolir sapo e não ter indigestão, respirar o ar do executivo e não sentir a execução, é acreditar no diálogo em que o poder fala e ele escuta, é ser ao mesmo tempo um imã e um caleidoscópio de boatos, é aprender a sofrer humilhações todos os dias, em pequenas doses, até ficar completamente imune à ofensa global, é esvaziar a tragédia atual com uma demagogia repetida de tragédia antiga, é ver o que não existe e olhar, sem ver, a miséria existente, é não ter religião e por isso mesmo cortejar a todas, é, no meio da mais degradante desonra, encontrar sempre uma saída honrosa, é nunca pisar nos amigos sem pedir desculpas, é correr logo pra bilheteria quando alguém grita que o circo pega fogo, é rir do sem-graça encontrando no antiespírito o supremo deleite desde que seu portador seja bem alto, é flexionar a espinha, a vocação e a alma em longas prostrações ante o poder como preparação do dia de exercê-lo, é recompor com estoicismo indignidades passadas projetando pra história uma biografia no mínimo improvável, é almoçar quatro vezes e jantar umas seis pra resolver definitivamente o problema da nossa subnutrição endêmica, é tentar nobremente a redistribuição dos bens sociais, começando, é natural, por acumulá-los, pois não se pode distribuir o pão disperso, e é ser probo segundo autocritério. E assim, por conhecer profundamente a causa pública e a natureza humana, estar sempre pronto a usufruir diariamente o gozo de pequenas provações e a sofrer na própria pele insuportáveis vantagens.”
Millôr Fernandes...

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A verdade dos números.

Caros amigos, observando as estatísticas deste blog, tenho notado que a postagem relacionada à análise sobre as opções de candidaturas ao cargo de prefeito em 2012, é, de longe, a que tem tido mais acessos.
Interessante notar que os "analistas políticos" da nossa cidade, estão indo buscar o ponto de vista deste blogueiro, àquela época, para fazerem suas projeções para o futuro político cabreuvano.
Não resta dúvidas de que, muita coisa mudou... o quadro político é outro, assim como a perspectiva política é outra.
As enquetes que têm se espalhado pela cidade, trazem números assustadores, à princípio, mas jamais refletem a realidade, uma vez que, quem encomenda, quer receber exatamente o que comprou, ou seja, números favoráveis. Pesquisas, em Cabreúva, não existem... o que existem são boatos, uma vez que o Tribunal Regional Eleitoral não recebeu nenhum pedido de registro de pesquisas pré-eleitorais.
Para qualquer análise séria do quadro político cabreuvano, no mínimo é preciso buscar a verdade matemática dos números, pois são os únicos que não mentem. 

sexta-feira, 3 de julho de 2015

O Clube dos Nove

Caros amigos, temos em Cabreúva um círculo fechado de pessoas que integram um poder constitucional que quase ninguém entende o porquê existe... mas existe! O Clube dos Nove... o círculo fechado de pessoas chamadas de vereadores. Para que serve um vereador?
Acima de tudo, os vereadores servem para representar a sociedade na Câmara.
Ele é o político que deve estar mais próximo dos cidadãos, entendendo os problemas da cidade e buscando soluções. A cidade é onde as pessoas moram, trabalham e se divertem e os vereadores devem entender as demandas das diferentes classes e comunidades existentes na cidade e representá-los politicamente. Os vereadores estão, ou deveriam estar, mais próximos da população do que a prefeitura, e por isso muitas vezes servem como canalizadores de denúncias e reclamações para o poder público. Apesar da proximidade com os cidadãos, os vereadores não têm o poder de executar serviços públicos (como mandar consertar buracos em ruas e postes de iluminação queimados ou podar árvores). Mas então que poderes eles realmente tem?
Os vereadores criam e votam projetos de lei para assegurar direitos aos cidadãos e beneficiar a cidade como um todo, atendendo o coletivo. Como as leis não se aplicam sozinhas, é papel da prefeitura fazer com que as leis sejam cumpridas. Os vereadores podem fazer leis, por exemplo, que tratem dos impostos municipais (como mudanças no IPTU), benefícios fiscais (como diminuir os impostos pagos por construções que sejam ambientalmente sustentáveis), ocupação do solo urbano (como determinar que em certa área da cidade só se possa construir prédios comerciais), proteção do patrimônio municipal material (como tombar uma construção) ou imaterial e a elaboração do orçamento da cidade.
Um dos poderes mais importantes dos vereadores e sua principal função é o de fiscalizar tudo o que a prefeitura faz, principalmente na aplicação de recursos para melhorar a cidade da forma como está previsto na lei orçamentária aprovada.
Mas devemos lembrar uma valiosa lição: “Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades”. Mas então quais são as responsabilidades dos nossos vereadores?
A principal obrigação dos vereadores é participar ativamente das sessões da Câmara Municipal. Além disso, ele deve estar por dentro dos acontecimentos de sua cidade, trabalhar para solucionar os problemas dos cidadãos, acompanhar as obras públicas realizadas pela prefeitura, acompanhar a criação de comissões, fóruns e comitês, trabalhar junto aos movimentos sociais e serem cidadãos exemplares.
Apesar de não terem na prática o poder de consertar buracos e postes de iluminação, podar árvores, construir pracinhas e oferecer serviços públicos (como assistência médica), muitos vereadores fazem isso visando, em troca, ganhar votos. Essa é uma prática que deveria ser mais fiscalizada e combatida pela justiça eleitoral, pois configura compra de votos e, qualquer cidadão pode e deve denunciar essa prática.
Os cidadãos também podem apresentar ideias aos vereadores e, com isso, transformar em leis que beneficiam a cidade.
Foi isso que esse blogueiro fez. Sugeri, na qualidade de cidadão, no início do atual mandato, a extinção dos cargos de assessor de vereador, pois na prática, eram meros cabos eleitorais remunerados com o dinheiro público, que nunca apareciam na Câmara Municipal. Isso proporcionou uma economia de, no mínimo, 10 salários mínimos mensais, sem contar a economia dos encargos sociais.

Lembro a todo se, especialmente aos futuros candidatos ao cargo de vereador que, a Câmara Municipal de Cabreúva está localizada na Avenida Major Antonio da Silveira Camargo, nº 395 - Centro, e tem seu horário de funcionamento, de segunda à sexta-feira, das 08h às 17h. As sessões ordinárias são realizadas na 1ª, 2ª e 4ª quartas-feiras de cada mês. Cabreúva possui, atualmente, 9 vereadores. O Clube dos Nove...

quarta-feira, 1 de julho de 2015

A encruzilhada

Caros amigos, apesar de muitos políticos, pseudo-políticos e aspirantes à política discordarem, vivemos em uma democracia, com todas as suas qualidades e seus defeitos, além de um grande paradoxo: lutamos tanto por ela, e não a usamos. Uma geração inteira brigou pelo retorno da democracia representativa, mas levou a substitutiva. Em uma democracia representativa, a cidadania ativamente demonstra suas vontades, e elas são canalizadas por seus representantes. No caso brasileiro, a democracia não começa na urna: termina nela. Parece que apertar uma tecla a cada quatro anos é a nossa concepção de governo "do povo, pelo povo e para o povo". Depois de verificado o desastre, voltamos às urnas, quatro anos depois, para eleger a mesma combinação de ineptos e corruptos. E, mesmo sabendo do insucesso do modus operandi, nós o repetimos. Alguém já disse que um dos sinais da loucura é continuar fazendo a mesma coisa e esperar que o resultado seja diferente...
E o melhor é quando reclamamos, furiosos, das pessoas que nós mesmos colocamos no poder. Muita indignação e pouca ou nenhuma ação.
Logo, teremos novas eleições municipais. Candidatos ao cargo de vereador com pouco ou nenhum preparo. Alguns, sem nem ao menos saber para que serve um vereador, ou nem mesmo sabem onde fica a Câmara Municipal... pensando em si mesmos, no individual, no "eu", nas facilidades e vantagens do cargo. O coletivo, a população, a cidade? Ora... depois eles arrumam alguma coisa para o povo... uma indicação de lombada, um novo nome de rua para agradar uma família grande de eleitores, uma restauração de ponto de ônibus... e, acreditem! já tem campanha na rua, na internet e nas redes sociais... já tem "candidato" pagando cerveja, fazendo churrasco em bar, arrumando consulta... Males da democracia... eleger os que devem nos representar, mas só representam seus interesses... representam a si mesmos...
Teremos, também, nova eleição em que escolheremos o futuro prefeito... e essa eleição pode surpreender, uma vez que, em política, a primeira lição é não subestimar ninguém... mas isso é uma outra história... 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Reflexões...


Caros amigos, estamos chegando a mais uma eleição municipal. Momento de analisar e refletir sobre a condução de nossa cidade.

Depois de muita leitura e interpretações, compartilharei com todos minhas próprias reflexões sobre o processo eleitoral.
Não posso deixar de dizer que, exige-se dos eleitores um olhar coletivo sobre a sociedade, sem uma visão míope daquilo que rodeia o "eu", devendo-se avançar sobre a visão do "nós". Não é tarefa fácil, diga-se.
Posso dizer, por enquanto que, depois da deliciosa leitura dos livros: "Os Donos do Poder", de Raimundo Faoro e, "Brasil: Uma Biografia", da antropóloga Lilia Moritz Schwarcz e da historiadora Heloísa Murgel Starling, farei uma análise dos nossos três poderes.
Muita coisa em jogo e muita vaidade melindrada, mas necessária para o bom entendimento da política cabreuvana, com quem ela tem andado, que está assustando muita gente e quais os rumos que ela poderá tomar, se ela assim o quiser.
O objetivo é fazer o leitor (também o eleitor), refletir.
Façamos o nosso compromisso, então.
Como um aperitivo para nossa reflexão... tido como primeiro historiador do Brasil, o frei baiano Vicente do Salvador (1564 - 1636), certa vez escreveu: "Nenhum homem nesta terra é repúblico, nem zela, ou trata do bem comum, senão cada um do bem particular."

segunda-feira, 1 de junho de 2015

O preço da honra.

Caros amigos, agora é oficial... Não represento perigo à sociedade e, portanto, não precisarei dividir uma cela com assaltantes, estupradores, assassinos bandidos políticos. Fui absolvido do crime de dizer a verdade. Não se espantem! Fui, como é sabido pela maioria dos leitores deste blog, processado criminalmente por não ter censurado um comentário inserido na postagem "A política do ódio e da perseguição." Agora, seis anos após ser processado, estou tendo sentenças favoráveis, estando livre do rol dos criminosos deste país. Essa é a parte criminal. Pesa ainda sobre este blogueiro, a parte cível.
Como todos sabem, o direito nasceu para proteger a propriedade e não a sociedade. Digo isso como mediano estudante de Direito. Nossos professores nos ensinam, além da parte técnica, a pensarmos. Daí essa afirmação.
Desta maneira, a parcela da sociedade atingida pelo meu princípio de não censurar o pensamento (não era esse, dentre outros pensamentos, o ideal de revoluções, como a Francesa?), achou por bem, pasmem!, processar-me por atingir-lhes a "honra".
Para este blogueiro, alguns princípios não tem preço: a verdade, a honestidade e a honra. Não existe algo que dê a dimensão monetária a princípios, mas não foi essa a forma de pensar de meus algozes.
Fixa-se, para pagar todo mal de dizer a verdade, o valor de R$ 3.000,00.
Esse é o preço da honra daqueles que se intitulavam os "Donos do Poder".
Mas aprendi muito com isso tudo. Dentre outras coisas, que o Estado, representado pelo nosso sistema judiciário, gasta muito com pessoal, material, oficiais de justiça e horas de empenho em julgamentos para coisas tão desnecessárias, intrigas meramente políticas, para tentar o silêncio daqueles que "honram" a verdade.
Além disso, hoje escolho bem meus inimigos... afinal não dou a qualquer um a honra de me enfrentar... e essa honra, não tem preço.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Egoísmo social?


Caros amigos, retomo as rédeas da razão... não da minha razão como verdade absoluta, mas a razão que me levou a afastar-me deste canal de comunicação, por quase três anos.
Sem dúvida, ainda me faltam as palavras, pelo puro exercício de não as utilizar com a frequência necessária ou a que gostaria necessária.
Sendo assim, a retomada deste Cabreúva em Foco será gradual e paulatina, mas ainda com a profundidade dos assuntos políticos, tratadas como sempre o fiz: com a verdade e isenção.
Registro abaixo, aquilo que considero de extrema importância nesses dias de hoje, patrulhados pela ideologia do Facebook, criadora de líderes e destruidora de reputações.
O texto do filósofo Luiz Felipe Pondé, é muito claro e objetivo. Espero que tirem as suas conclusões... eu já tirei as minhas!
"... Nietzsche costumava dizer que nós sonhamos com um sol que se preocupe com o que a gente sente. E ele dizia que no final das contas, quando a gente descobre que o sol não está nem aí pra nós, que as estrelas não brilham pra nós, que o mar não existe pra que a gente nade nele, a gente entra num desespero que ele chamava de ressentimento.
O que é o ressentimento? É você achar que todos deviam te amar mais do que amam, você achar que todo mundo devia reconhecer em você grandes valores que você não tem.
Do século XIX pra cá, o ressentimento piorou muito. Ele está em toda parte. Você não pode falar nada que todo mundo se ofende; se você fizer uma crítica, todo mundo toma como pessoal.
Provavelmente, daqui a mil anos, não vão lembrar da nossa época como a época do iPad. Vão lembrar da nossa época como a era do ressentimento. Somos uma civilização de mimados que não é capaz de escutar nenhuma crítica sem achar que é uma questão de ofensa pessoal."