quarta-feira, 1 de julho de 2015

A encruzilhada

Caros amigos, apesar de muitos políticos, pseudo-políticos e aspirantes à política discordarem, vivemos em uma democracia, com todas as suas qualidades e seus defeitos, além de um grande paradoxo: lutamos tanto por ela, e não a usamos. Uma geração inteira brigou pelo retorno da democracia representativa, mas levou a substitutiva. Em uma democracia representativa, a cidadania ativamente demonstra suas vontades, e elas são canalizadas por seus representantes. No caso brasileiro, a democracia não começa na urna: termina nela. Parece que apertar uma tecla a cada quatro anos é a nossa concepção de governo "do povo, pelo povo e para o povo". Depois de verificado o desastre, voltamos às urnas, quatro anos depois, para eleger a mesma combinação de ineptos e corruptos. E, mesmo sabendo do insucesso do modus operandi, nós o repetimos. Alguém já disse que um dos sinais da loucura é continuar fazendo a mesma coisa e esperar que o resultado seja diferente...
E o melhor é quando reclamamos, furiosos, das pessoas que nós mesmos colocamos no poder. Muita indignação e pouca ou nenhuma ação.
Logo, teremos novas eleições municipais. Candidatos ao cargo de vereador com pouco ou nenhum preparo. Alguns, sem nem ao menos saber para que serve um vereador, ou nem mesmo sabem onde fica a Câmara Municipal... pensando em si mesmos, no individual, no "eu", nas facilidades e vantagens do cargo. O coletivo, a população, a cidade? Ora... depois eles arrumam alguma coisa para o povo... uma indicação de lombada, um novo nome de rua para agradar uma família grande de eleitores, uma restauração de ponto de ônibus... e, acreditem! já tem campanha na rua, na internet e nas redes sociais... já tem "candidato" pagando cerveja, fazendo churrasco em bar, arrumando consulta... Males da democracia... eleger os que devem nos representar, mas só representam seus interesses... representam a si mesmos...
Teremos, também, nova eleição em que escolheremos o futuro prefeito... e essa eleição pode surpreender, uma vez que, em política, a primeira lição é não subestimar ninguém... mas isso é uma outra história... 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Reflexões...


Caros amigos, estamos chegando a mais uma eleição municipal. Momento de analisar e refletir sobre a condução de nossa cidade.

Depois de muita leitura e interpretações, compartilharei com todos minhas próprias reflexões sobre o processo eleitoral.
Não posso deixar de dizer que, exige-se dos eleitores um olhar coletivo sobre a sociedade, sem uma visão míope daquilo que rodeia o "eu", devendo-se avançar sobre a visão do "nós". Não é tarefa fácil, diga-se.
Posso dizer, por enquanto que, depois da deliciosa leitura dos livros: "Os Donos do Poder", de Raimundo Faoro e, "Brasil: Uma Biografia", da antropóloga Lilia Moritz Schwarcz e da historiadora Heloísa Murgel Starling, farei uma análise dos nossos três poderes.
Muita coisa em jogo e muita vaidade melindrada, mas necessária para o bom entendimento da política cabreuvana, com quem ela tem andado, que está assustando muita gente e quais os rumos que ela poderá tomar, se ela assim o quiser.
O objetivo é fazer o leitor (também o eleitor), refletir.
Façamos o nosso compromisso, então.
Como um aperitivo para nossa reflexão... tido como primeiro historiador do Brasil, o frei baiano Vicente do Salvador (1564 - 1636), certa vez escreveu: "Nenhum homem nesta terra é repúblico, nem zela, ou trata do bem comum, senão cada um do bem particular."

segunda-feira, 1 de junho de 2015

O preço da honra.

Caros amigos, agora é oficial... Não represento perigo à sociedade e, portanto, não precisarei dividir uma cela com assaltantes, estupradores, assassinos bandidos políticos. Fui absolvido do crime de dizer a verdade. Não se espantem! Fui, como é sabido pela maioria dos leitores deste blog, processado criminalmente por não ter censurado um comentário inserido na postagem "A política do ódio e da perseguição." Agora, seis anos após ser processado, estou tendo sentenças favoráveis, estando livre do rol dos criminosos deste país. Essa é a parte criminal. Pesa ainda sobre este blogueiro, a parte cível.
Como todos sabem, o direito nasceu para proteger a propriedade e não a sociedade. Digo isso como mediano estudante de Direito. Nossos professores nos ensinam, além da parte técnica, a pensarmos. Daí essa afirmação.
Desta maneira, a parcela da sociedade atingida pelo meu princípio de não censurar o pensamento (não era esse, dentre outros pensamentos, o ideal de revoluções, como a Francesa?), achou por bem, pasmem!, processar-me por atingir-lhes a "honra".
Para este blogueiro, alguns princípios não tem preço: a verdade, a honestidade e a honra. Não existe algo que dê a dimensão monetária a princípios, mas não foi essa a forma de pensar de meus algozes.
Fixa-se, para pagar todo mal de dizer a verdade, o valor de R$ 3.000,00.
Esse é o preço da honra daqueles que se intitulavam os "Donos do Poder".
Mas aprendi muito com isso tudo. Dentre outras coisas, que o Estado, representado pelo nosso sistema judiciário, gasta muito com pessoal, material, oficiais de justiça e horas de empenho em julgamentos para coisas tão desnecessárias, intrigas meramente políticas, para tentar o silêncio daqueles que "honram" a verdade.
Além disso, hoje escolho bem meus inimigos... afinal não dou a qualquer um a honra de me enfrentar... e essa honra, não tem preço.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Egoísmo social?


Caros amigos, retomo as rédeas da razão... não da minha razão como verdade absoluta, mas a razão que me levou a afastar-me deste canal de comunicação, por quase três anos.
Sem dúvida, ainda me faltam as palavras, pelo puro exercício de não as utilizar com a frequência necessária ou a que gostaria necessária.
Sendo assim, a retomada deste Cabreúva em Foco será gradual e paulatina, mas ainda com a profundidade dos assuntos políticos, tratadas como sempre o fiz: com a verdade e isenção.
Registro abaixo, aquilo que considero de extrema importância nesses dias de hoje, patrulhados pela ideologia do Facebook, criadora de líderes e destruidora de reputações.
O texto do filósofo Luiz Felipe Pondé, é muito claro e objetivo. Espero que tirem as suas conclusões... eu já tirei as minhas!
"... Nietzsche costumava dizer que nós sonhamos com um sol que se preocupe com o que a gente sente. E ele dizia que no final das contas, quando a gente descobre que o sol não está nem aí pra nós, que as estrelas não brilham pra nós, que o mar não existe pra que a gente nade nele, a gente entra num desespero que ele chamava de ressentimento.
O que é o ressentimento? É você achar que todos deviam te amar mais do que amam, você achar que todo mundo devia reconhecer em você grandes valores que você não tem.
Do século XIX pra cá, o ressentimento piorou muito. Ele está em toda parte. Você não pode falar nada que todo mundo se ofende; se você fizer uma crítica, todo mundo toma como pessoal.
Provavelmente, daqui a mil anos, não vão lembrar da nossa época como a época do iPad. Vão lembrar da nossa época como a era do ressentimento. Somos uma civilização de mimados que não é capaz de escutar nenhuma crítica sem achar que é uma questão de ofensa pessoal."

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Um longo silêncio.

Caros amigos, estou retomando as postagens do Cabreúva em Foco, após um longo silêncio.
Antes de mais nada, quero me desculpar com os inúmeros leitores do blog que, mesmo sem estar atualizado, continuaram lendo e consultando as postagens.
Sem dúvida, meus leitores, vocês merecem, no mínimo, uma satisfação.
Após uma árdua campanha em que este blogueiro participou em 2012 e, com a vitória do então candidato Henrique Martin, fui convidado a assumir uma secretaria na Prefeitura de Cabreúva.
Sem dúvida, um enorme desafio: A Secretaria de Cultura.
Após muito pensar e refletir sobre o assunto, aceitei o desafio proposto e comecei a montar a equipe, sem perder o espírito crítico.
Diante disso, pouco ou nenhum tempo tinha para qualquer outra coisa, a não ser pensar um modo de levar cultura - palavra de significados tão subjetivos quanto objetivos - a todos os cabreuvanos.
Esse, caros amigos, foi o motivo de manter-me afastado por tanto tempo.
Aproveito esse meu período de ferias - as primeiras, depois de mais de cinco anos de atividades políticas intensas - em que mesmo assim, visito a secretaria todos os dias, para fazer essa "mea culpa", sem esquecer de agradecer a cada um de vocês, pela apoio e confiança.
Em breve, muito mais postagens.
Obrigado!

sábado, 12 de maio de 2012

ESPAÇO ABERTO

AVISO AOS AMIGOS LEITORES DO CABREÚVA EM FOCO:
A POSTAGEM  "Ato de Repúdio", FOI REMOVIDA, À PEDIDO DE Vera Balduíno.


GRUPO CABREÚVA: HISTÓRIA E MEMÓRIA

Como a Escola Ana Mesquita Laurini já viveu no bojo da Escola Lucídio?

Nos meados dos anos 60, as escolas de 1ª a 4ª séries eram denominadas “escolas primárias” e o Lucídio era uma dessas escolas. É bom lembrar que antes dessa época, as escolas dos bairros de Cabreúva só tinham classes de 1º ao 3º ano e, o 4º ano então, tinha que ser cursado no centro da cidade, hoje centro histórico. Não havia, na ocasião o transporte público, por isso, só os privilegiados que tivessem uma condução (bicicleta ou cavalo) ou aqueles que se dispusessem a fazer uma caminhada a pé até o centro, concluíam o 1º grau.

No ano de 1963, foi criado o Ginásio Estadual, que correspondia ao curso ginasial de 1º ao 4º ano (o que hoje é de 5ª à 8ª série).

Para ingressar no ginásio era preciso passar por um vestibular. Houve, neste mesmo ano um vestibular do qual se formaram duas turmas: 1º A e 1º B.

Essas duas classes do ginásio funcionavam nas salas ociosas do Lucídio, que recebeu então o nome de “Ginásio Estadual Ana Mesquita Laurini”. O nome foi uma homenagem que o professor Alberto Mesquita quis prestar a sua irmã recentemente falecida.

O professor Alberto era secretário do padre Baleeiro, naquela ocasião secretário estadual da educação. Foi assim que o professor conseguiu colocar Cabreúva na relação das cidades que pleiteavam um ginásio.

Com o tempo, mudanças educacionais criaram o 1º Grau (abrangendo da 1ª à 8ª série) e o 2º Grau (abrangendo os cursos normais, científicos e clássicos), e o nome que prevaleceu na entidade foi o de Lucídio, que já era escola de 1º grau.

O nome Ana Mesquita Laurini foi então, transferido à escola do bairro Bonfim, que passou a chamar-se “E.E.P.G. Ana Mesquita Laurini”.

Teresinha de Jesus Camargo Faccioli