sexta-feira, 28 de maio de 2010

A ineficiência da administração pública municipal

Fazemos parte de uma cidade pequena, com cerca de 50.000 habitantes, mas cheia de problemas. Essa afirmação é dolorosa para a parcela da população que ama, de fato, Cabreúva.
Existem soluções para os problemas? Sim, existem. O único problema é que a administração municipal não se esforça para isso.
Qualquer cidadão nota que, nas cidades vizinhas, o crescimento está acompanhado de arrojo dos administradores municipais, com obras básicas de infraestrutura em todas as áreas.
Cidades educadoras, ênfase na saúde, habitação, meio-ambiente, estruturas sociais, empreendedorismo, formadores de técnicos, industriais, enfim, uma gama ilimitada de objetivos que a administração pública municipal, baseada nas necessidades de seu povo, devem priorizar.
Pergunto, então: qual a prioridade da administração de Cabreúva? Acredito que ninguém saiba responder, nem mesmo nossa prefeitura.
A atual administração já foi opositora dos governos passados e, nessa posição, apresentava propostas de melhorias para Cabreúva. As eleições municipais passaram e a oposição do passado, hoje está no poder. Quais mudanças ocorreram? Difícil responder, pois os problemas continuam os mesmos, mas com um toque mais atual.
Fazendo uma análise bem detalhada e isenta, posso afirmar que o grande problema que emperra e impede o crescimento e desenvolvimento de nossa cidade é o fator político.
Chego a essa conclusão e, é visível a qualquer pessoa que se disponha a fazer esse exercício analítico de forma imparcial, baseado não só na falta de diálogo entre a administração municipal e o legislativo, mas sobretudo nos sinais visíveis de descaso com os bens e obras públicas, no aparelhamento dos conselhos municipais, na falta de transparência dos gastos públicos e nos inúmeros processos julgados irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado.
O uso inadequado do dinheiro dos nossos impostos, que é chamado dinheiro público, é um sinal claro para a interferência do Ministério Público, para a busca necessária dos princípios constitucionais da legalidade, legitimidade, economicidade e eficiência que deveriam nortear a administração pública municipal.
Sabemos que a sintonia entre os poderes deveria ser uma base para a solução dos muitos problemas estruturais que enfrentamos, mas a falta de diálogo entre o executivo e o legislativo é um dos motivos ou desculpa propagada, para que nenhuma solução seja pensada.
Essa falta de diálogo leva ao não-cumprimento da função do legislador que, além de fazer as leis, é o de fiscalizar o cumprimento das leis e a aplicação dos recursos orçamentários, evitando, desta forma, contratações, licitações e obras irregulares e eleitoreiras,
Exemplo disso, são as creches do Vale Verde e Novo Bonfim, feitas a toque de caixa, com evidente ênfase eleitoral e que permanecem fechadas por falta de material pedagógico, móveis e funcionários qualificados, além do asfalto das diversas ruas do município que, são, sim, obras necessárias, mas de qualidade duvidosa.
A saúde, educação, assistência social, meio ambiente, turismo, agricultura, cultura e demais pastas administrativas também sofrem com a falta de integração do executivo e legislativo, com convênios mal explicados ou não cumpridos, com inchaço de pessoal desqualificado, com a falta de infraestrutura básica ao funcionamento das secretarias.
Não podemos nos esquecer do funcionário público concursado, ao qual falta um plano de carreira que valorize o pessoal técnico e qualificado ou que forneça a qualificação necessária aos funcionários públicos municipais, além dos professores da rede municipal de educação, norma básica para o recebimento dos repasses do FUNDEB.
A análise dos problemas estruturais do município nos leva e crer que a atual administração municipal é ineficiente, como em grande parte dos pequenos municípios do estado e do país.
Mas é em Cabreúva que nascemos, moramos e vivemos, portanto é para a administração pública de nossa cidade que devemos fazer as cobranças e críticas, não para denegrir imagens ou destruir pessoas, mas para termos uma cidade melhor para todos nós.

Um comentário:

Maria Ribeiro disse...

AMIGOS:em PORTUGAL, passa-se o mesmo!Somos de herança latina!Não vale apena desanimar, porque eles não mudarão ,em nada
ABRAÇO
LUSIBERO