sábado, 15 de janeiro de 2011

Leões e Cordeiros


A crise ética, moral e política do governo municipal.


Gostaria de estar aqui discutindo, a respeito das riquezas, do crescimento e do desenvolvimento da nossa cidade, mas esta postagem tratará sobre uma coisa muito ruim que acontece a olhos vistos de todos: a dilapidação do capital ético, moral e político de Cabreúva.

Impera em nossa cidade e em boa parte das cidades do país a moral do revanchismo, da inveja, do ódio e da perseguição, que prega a usurpação dos bens individuais, a censura aos meios de comunicação. A moral macunaímica que domina nossas paragens se sustenta em sua irmã; a política patrimonialista. Quanto mais populismo melhor, esse parece ser o lema. É assim que se sustenta o governo municipal: com o populismo disfarçado, com o favorecimento de poucos, pouco importando com que meios querem atingir o fim.

Nada tão acertado quanto o discurso do falecido senador Jeferson Peres: “O Japão não tem nada. Não tem petróleo, gás ou riquezas minerais. A Coréia do Sul também não tem nada disso, e nos dá um banho em termos de desenvolvimento não apenas econômico, mas também humano. O que está faltando mesmo a este País e sempre faltou é uma elite dirigente com compromisso com a coisa pública, capaz de fazer neste País o que precisaria ser feito: investimento em capital humano.”

Em 2008, ano eleitoral, a Câmara Municipal aprovou um orçamento aproximado de R$ 53.000.000,00 (cinqüenta e três milhões de reais). Em 2010, o orçamento aprovado foi da ordem de R$ 83.000.000,00, ou seja, uma variação de 56%, aproximadamente.

A pergunta que fica: o que, entre todos os setores da prefeitura, melhorou 50%? O atendimento da saúde está melhor? As escolas acompanharam o aumento de seu orçamento? Melhorou a segurança? O turismo evoluiu? Os eventos culturais? Preservamos melhor o meio ambiente? O que melhorou de fato na vida de cada cidadão, um aumento orçamentário tão significativo? Como, cada um de nós, usufruímos do crescimento orçamentário de Cabreúva?

Tudo isso ainda não basta. Não conseguimos, por exemplo, converter a estrutura social injusta em estrutura social justa.

Neste momento, estamos diante de um problema recorrente da sociedade brasileira e, como não poderia deixar de ser, da sociedade cabreuvana.

Uma série de carências aliadas a profundas desigualdades sociais e injustificável, revoltante e inaceitável suspeita de uma onda de corrupção, nascida da falta de valores éticos e morais, atentam contra a cidadania, contra o cidadão cabreuvano e provocam lamentável crise política, estando a merecer a punição dos envolvidos comprovadamente culpados, uma vez que já foram denunciados e estão sendo investigados, pelo Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público, Receita Federal e Procuradoria Geral de Justiça.

A população sob o regime democrático não aceita mais que os detentores do poder usurpem, pelas deturpações apontadas, seus direitos como cidadãos.

Vivemos sob a égide de uma Constituição intitulada de “cidadã”.

E essa constituição deu a cada um de nós, a prerrogativa de sermos porta-vozes das exigências da população de nosso país, de nosso estado e de nossa cidade.

Sendo assim, não podemos e nem temos o direito de sermos testemunhas oculares das injustiças que ferem a nossa população, nem podemos ser exemplo e passar às futuras gerações o pior dos pecados que um cidadão pode cometer: o pecado da omissão.

A crise política do governo municipal aprofundou-se quando, numa demonstração de puro ódio e perseguição, os vereadores da situação, Mirandinha, Arnaldo, Jorginho e José Gomes, tentaram tirar a presidência da Câmara Municipal do então candidato Henrique Martin.

Na tentativa de burlar as eleições internas do legislativo, num jogo sujo, antiético e imoral, chegaram a oferecer seus votos àquele que é considerado o pior inimigo da atual administração municipal, o Vereador Oliveira, e assim elegê-lo novo presidente da Câmara. Não deu certo. Oliveira manteve-se reto e fiel ao desejo da população. A cooptação pura e simples, engedrada, maquinada e pensada pelos atuais detentores do poder, não funcionou.

Essa foi a pior derrota política do atual governo municipal e dos vereadores da situação. Derrota obtida por substimar a inteligencia da oposição, exercida única e exclusivamente pelo Vereador Oliveira, por sua capacidade de organização e articulação política, além da coragem de fazer aquilo que os outros não fazem. E essa derrota teve um sabor muito amargo.

Todos os prefeitos querem fazer seu sucessor e, em Cabreúva não será diferente nas eleições de 2012. Encontrar alguém nos quadros da atual administração para ser candidato, está cada vez mais difícil, uma vez que no mar de denúncias fundamentadas da atual administração, possivelmente poucos escapem ilesos.

O atual prefeito de Cabreúva costumava chamar seus adversários de cordeiros. Por errar, como seus adversários já erraram, talvez devesse deixar de ler e seguir Maquiavel e se atentasse a frase que William Shakespeare usou na peça The Two Gentleman of Verona (Os dois cavalheiros de Verona) e antevisse o que o futuro lhe reserva:
"Ergue-te e ergue-te novamente, até que os cordeiros tornem-se leões".

Um comentário:

Anônimo disse...

Cabreuva em foco e uma realidade que os habitante de cabreuva vive no dia a dia ,mas aprendi com minha mae NAO HA MAL QUE DURE PARA SEMPRE