
"Como toda praga, a da corrupção tem a propriedade de vicejar em qualquer canto. Mas é nas prefeituras que ela encontra o seu terreno mais fértil. Nos últimos seis anos a Controladoria Geral da União (CGU) fiscalizou as contas de um quarto dos 5,564 municípios brasileiros. Encontrou irreguladidades em praticamente todos - e casos flagrantes de corrupção em nada menos do que 20% deles.(...) Por que é mais fácil desviar dinheiro público nas prefeituras do que nos governos estadual e federal?
Em primeiro lugar, porque a fiscalização das contas municipais é mais precária. Sobretudo nas cidades pequenas, o compadrio e a força política dos prefeitos acabam por comprometer a eficiência dos órgãos responsáveis pelo controle das contas: as Câmaras de Vereadores e os Conselhos Municipais, cujos integrantes são indicados pelo prefeito".(Veja, edição 2101, 25/02/2009)
Os textos acima, da Ministra Cármen Lúcia, do Superior Tribunal Federal (STF) e da Revista Veja, reproduzem com exatidão o ciclo perverso da corrupção, notadamente das pequenas cidades.
Se a Câmara Municipal, que é o último recurso de fiscalização contra a pilhagem do dinheiro público, não se dispuser a cumprir o seu papel, rejeitando requerimentos de informações dos gastos da Prefeitura de Cabreúva, poderemos, então, estar inclusos nos casos acima.
E isso seria lamentável...
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